aquário
domingo, 13 de julho de 2025
Desfecho em Chama por Emanuel Bruno Andrade
Na minha desorganização,
a arder no fogo,
mãos a sagrar —
toca na alma o espinho
que desejo tirar.
Apelo na sombra ao Invisível,
para que o Sol seja visível.
Para eu sair da tempestade,
luta incansável e imensurável
que perdura, revestida
de flor verde,
retirando a erva daninha
do meu ser esculpido
por uma ordem desmedida —
à procura do limite infinito.
Uma guerra entre almas.
Este Tifeu anda ferindo
toda a Terra
de um sono profundo.
Quero tocar na vida.
Desejo aquela maravilha.
Acredita, não te engano.
Desperta.
Mas acorda
na primeira alvorada.
Cheiro os fluidos astrais
dos meus antigos pais.
Destapo-os do túmulo —
no tumulto, sussurro
e oiço o gemido
perdido pelo eco do ouvido.
Sentimentos espalhados
no vulto das Ninfas,
Deusas estéreis desta terra,
despidas e torneadas,
tocam as trombetas
para a ceia,
para se deitarem
no céu e na terra.
Quem é o culpado?
Onde está o Diabo,
para ser acorrentado?
O desfecho
é o desenrolar
de contínuo desfecho...
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