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domingo, 4 de dezembro de 2022

Antologia de poesia Entre o sonho e o sono...

 

Quando durmo

 Á momentos que sonho.

Uns sonhos não recordo 

Outros adorno

Abortados pelo esquecimento 

 Sopra no tempo

O sono nos seus graus

Vou deschendo degraus

Até ao sono profundo 

Quero expelir o caos 

Do sono da alma 

Sai o espírito

Querendo tirar a dúvida 

Acabando por padecer

Procurando 

 A razão do ser

Tendo medos 

Para afligir

Pondo freios

Para não se repetir

Vou acordar e descobrir

Se é metafísica

Na sua essência

No existir 

Desmedido

Guiado

Pela  fantasia

Revelação do  acontecimento

Que paira no cérebro

Imaginativo

Construído do sobrenatural,

Para o real

Na criação e na evolução 

Esse ser um num sonho

E outro acordado

Flui pela leitura do sonho 

Na tentativa o traçar caminho

Para ver onde vai chegar 

 Sonhar acordado

Despertar para vida

Repousando a alma

Atribulada 

Em conflito interno

E externo

Para dar continuidade

Da vida

Que são sonhos

De todos.

Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade

Lisboa

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