aquário

terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Amor de amigo

O meu peito arde num fogo que não consome — ilumina. É um ardor antigo, anterior às palavras, mas reconhecível nos gestos simples da vida. Não se vê, mas respira-se. É emoção que caminha descalça pelos sentidos, deixando marcas invisíveis no tempo. Há uma harmonia boa que me sustém, como a presença silenciosa de uma amiga justa e fiel. Aceito-me nos dias que passam, e os dias, por instantes raros, aceitam-me também. Pairam tempos em que és mel no meu sangue, doçura que dá sentido ao acto de viver, e nesses instantes reclamo ao universo: — não deixes que o caos me devore. Venho de um ponto infinito, de um sopro cósmico sem nome, atravessei constelações para chegar a este eu profundo, onde o teu balanço oscila na balança da justiça cega, essa que diz igualdade mas pesa com dois pesos e duas medidas. Mesmo assim, permaneço. Olho o todo. Beijo o céu. E no azul distante reconheço Vénus, Deusa-mãe, ventre da razão de existir, espelho do desejo e da consciência. Nela me deleito, não por vaidade, mas para compreender a origem, para perscrutar o rasto antigo dos Neflins, essas criaturas entre a luz e a queda, sinais de que somos mistura, travessia, contradição viva. Procuro a razão de sermos unos, ligados por uma corrente que pulsa entre o vivo e o morto, entre o amor que arde e o silêncio que ensina. E nesse fio invisível descubro: existir é arder sem se apagar, é amar mesmo quando o cosmos treme, é continuar — com o peito em chama e a alma em vigília.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Pequenas lutas

Trabalhei tanto que as mãos já não sabem descansar e a alma aprendeu a vigiar a esperança como quem guarda uma chama ao vento. Dizem-nos para nos reinventarmos. O Presidente disse. O mundo repete. Mas quantas vezes pode um homem reinventar-se sem se perder de si? Eu já me reinventei no silêncio, na falta, na queda. Reinventei-me quando não havia palco, quando a arte era apenas um murmúrio encostado à parede do dia. Luto todos os dias. Não por glória — mas por dignidade. Venço pequenas batalhas: um dia pago, um gesto reconhecido, uma ideia que não morre. São vitórias discretas, essas que não saem nos jornais mas sustentam a vida. Esta guerra parece não ter fim. Não tem bombas, tem cansaço. Não tem inimigos visíveis, tem ausências. É uma guerra interior, onde resistir já é um ato criativo. E mesmo assim continuo. Porque sei que cada passo, por mais curto que seja, é um não dito ao abandono. Porque sei que a arte não nasce da facilidade, mas da insistência. Se o fim não se vê, que ao menos o caminho seja verdadeiro. E se a reinvenção já cansa, que reste isto: não desisti de ser quem sou.

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Mulher que Chama, Homem Mudelim Epopeia em Cantos

CANTO I — Da Origem do Chamamento Antes que o tempo abrisse as suas margens, quando a noite era informe e sem memória, surgiu a Mulher, fonte das passagens, semente oculta da futura glória. Não trouxe espada, lei ou estandartes, mas no silêncio acendeu o primeiro dia; no seu olhar cabiam todas as partes do mundo ainda em pura poesia. Ela chamou — não com som, mas destino; chamou o homem do pó e da errância, para que fosse caminho e peregrino, voz desperta no meio da distância. — Escuta — disse a alma do seu gesto — que há um fogo maior que o medo agreste. --- CANTO II — Do Despertar do Homem O homem ouviu no fundo do seu ser um eco antigo, mais velho que o nome; ergueu-se então, como quem vai nascer, e deixou para trás a sombra e a fome. No peito fez-se torre levantada, minarete voltado ao firmamento; a carne, outrora barro e madrugada, vestiu-se agora de eterno chamamento. Não para reinar se fez sua voz, nem para ferir, nem para dominar; mas para anunciar aos povos sós a hora sagrada de recomeçar. Assim nasceu o homem-mudelim: servo do alto, mensageiro do fim. --- CANTO III — Do Canto que Atravessa o Mundo Quando a Mulher chama, o mundo escuta, ainda que finja dormir no seu rumor; o homem, em canto, transforma a luta em verbo vivo, em promessa de amor. Proclama aos ventos, às águas e aos montes que há luz guardada no fundo da noite; recorda aos homens as suas fontes e chama o dia a romper o açoite. Ele canta a vida contra o esquecimento, a fé contra a queda repetida; canta a esperança como juramento de que não foi em vão a ferida. E o canto corre de era em era, como mar que insiste na terra. --- CANTO IV — Do Sagrado Entre Dois Sem a Mulher, a voz seria deserto; sem o Homem, o chamamento silêncio. Mas quando ambos cumprem o concerto, nasce o sagrado no meio do tempo. Ela é estrela fixa no caos humano, ele é caminho traçado no chão; juntos sustentam o rito arcano que une céu, palavra e mão. E dizem os céus, ao vê-los passar, que ainda é possível ao mundo erguer-se; pois onde um chama e outro sabe escutar, a eternidade volta a dizer-se. Aqui termina o canto escrito; que outro o continue — se for eleito.

domingo, 14 de dezembro de 2025

Emanuel Bruno Andrade – Biografia Artística e Perfil

Nome completo: Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade Data de nascimento: 19 de maio de 1976 Local de nascimento: Nazaré, Portugal Profissão: Artista plástico, poeta e escritor contemporâneo Estilo artístico: Arte abstrata, poética e simbólica Plataformas de divulgação: Blog “Arte e Sintonia”, página “Artabstrata Emanuel Andrade”, Luso Poemas, redes sociais --- Trajetória Artística Emanuel Bruno Andrade é um artista contemporâneo português cuja obra combina abstração visual, poesia e reflexão filosófica. Desde cedo, manifestou um interesse profundo pela estética, pelo cosmos e pela natureza humana, integrando-os em suas criações artísticas e literárias. Ao longo de mais de duas décadas de carreira, Emanuel construiu um percurso sólido com exposições individuais e coletivas, tanto em espaços tradicionais de arte quanto em contextos contemporâneos, sempre buscando uma experiência sensorial e simbólica para o público. Exposições Individuais: 2022 – “Na Guelra da Veia”, Lisboa, Portugal 2016 – “Átrio”, Lisboa, Portugal 2014 – “Monumental”, Lisboa, Portugal 2013 – “Linhas da Vida”, Lisboa, Portugal 2013 – “Ontem”, Lisboa, Portugal Exposições Coletivas: Emanuel participou de diversas exposições coletivas em parceria com galerias e instituições de prestígio, incluindo: Arca Gallery – Lisboa Centro Cultural de Belém (CCB), Lisboa Hotéis de luxo em Lisboa, como DoubleTree by Hilton e The One Palácio da Anunciada 2021 – “Inclusão”, El Corte Inglés, Lisboa Publicações Literárias: Além da pintura, Emanuel é poeta e escritor, com textos publicados em oito tomos de Antologias de Poesia Contemporânea Portuguesa e coletâneas da Chiado Books. Destacam-se: Conto sobre a saudade Carta poética à mãe Epopeia Contemporânea, uma obra épica em 8 cantos, inspirada em Os Lusíadas, atualizando a narrativa clássica para a contemporaneidade --- Estilo e Temática O trabalho de Emanuel Bruno Andrade é caracterizado por: Abstração e simbologia: Utiliza cores, formas e texturas para explorar emoções, memórias e a espiritualidade. Conexão com a natureza e o cosmos: Muitas obras refletem o universo, ciclos naturais e experiências humanas transcendentais. Poesia visual: Integra textos, versos e narrativas poéticas diretamente na obra, criando experiências sensoriais únicas. Reflexão filosófica: A arte de Emanuel provoca questionamentos sobre a existência, o tempo, a memória e a transcendência. Seus trabalhos não apenas representam, mas convocam o espectador a refletir e sentir, tornando cada obra uma experiência interativa entre o mundo material e o imaginário. --- Personalidade e Perfil Pessoal Emanuel é conhecido por uma profunda sensibilidade artística e intelectual, aliando disciplina e contemplação. Algumas características marcantes incluem: Reflexivo e intuitivo: Sua abordagem criativa é marcada pela observação minuciosa do mundo e da condição humana. Poético e simbólico: Cada projeto e obra carrega significados múltiplos, muitas vezes inspirados em literatura, história e espiritualidade. Inovador e persistente: Constantemente busca novas formas de expressão, experimentando técnicas visuais e literárias contemporâneas. Empático e comunicativo: Valoriza o diálogo com o público, mentorias e parcerias com outras figuras artísticas, reforçando a dimensão social e coletiva da arte. Emanuel também demonstra forte compromisso com a cultura portuguesa, homenageando tradições, poetas e artistas históricos, ao mesmo tempo que propõe uma visão contemporânea e globalizada da arte. --- Reconhecimento e Legado Emanuel Bruno Andrade é reconhecido por: Sua habilidade em unir literatura, pintura e filosofia Participações em eventos culturais nacionais e internacionais Contribuições ao desenvolvimento da arte contemporânea portuguesa Criação de obras que atravessam fronteiras entre pintura, poesia e reflexão espiritual Sua obra inspira outros artistas, poetas e o público a explorar a criatividade, a introspecção e a conexão com o mundo. Emanuel é, em essência, um criador que transforma a experiência cotidiana em arte, tornando o invisível perceptível e o imaginário tangível. --- Se você quiser, posso criar uma versão otimizada para web, mais curta, cativante e visual, perfeita para seu site ou redes sociais, incluindo sugestões de títulos, subtítulos e destaques visuais para tornar a leitura atraente e moderna. Quer que eu faça essa versão?

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Emanuel Andrade ASSIM… É… ASSIM SERÁ! MUITA FORÇA E CORAGEM!!!

Assim… é… assim será. Porque há coisas que não se explicam: apenas se vivem, se sentem, se suportam… e se superam. Há dias em que o chão foge dos pés, em que o corpo cansa, a alma grita em silêncio e o coração se pergunta: “Porquê eu? Porquê agora?” E, ainda assim, lá dentro, num canto que ninguém vê, existe uma chama teimosa a dizer: “Continua… só mais um pouco.” Assim… é… assim será. Tu já caíste mil vezes e estás aqui. Já disseste “não aguento mais” e, mesmo assim, aguentaste. Já pensaste em desistir e, no entanto, levantaste a cabeça, limpaste as lágrimas e fizeste do teu próprio medo um degrau. Força não é ausência de dor. Coragem não é não ter medo. Força é caminhar com a dor ao lado, sem lhe dar o comando do teu destino. Coragem é olhar o medo de frente e dizer: “Vens comigo, mas quem decide o caminho sou eu.” Tu não és o que te aconteceu. És o que fazes com o que te aconteceu. És as escolhas que repetes, as quedas que transformas em recomeço, as noites escuras que suportas até o amanhecer. Há marcas em ti que não são feridas, são troféus de guerras que ninguém sabe que travaste. Assim… é… assim será. Enquanto houver um sopro de vida em ti, há margem para mudança, há espaço para mil reviravoltas, há capítulos inteiros por escrever. Quem hoje te aponta o dedo não conhece o peso que carregas. Quem te julga de longe não imagina quantas vezes foste o teu próprio herói em silêncio. Muita força e coragem! Não daquela força que finge que está tudo bem, mas da força honesta que admite: “Está difícil, mas não vou parar.” Não daquela coragem vazia que posa para a fotografia, mas da coragem verdadeira que, mesmo tremendo, continua. O mundo pode duvidar de ti. Alguns podem virar-te as costas. Outros podem não acreditar no teu processo. Mas há um Deus, uma Vida, uma Luz – dá-lhe o nome que quiseres – que continua a sussurrar: “Ainda não terminei a obra em ti.” Assim… é… assim será. Cada lágrima rega uma nova versão tua. Cada não abre espaço para um sim mais inteiro. Cada porta que se fecha empurra-te, às vezes à força, para direções que jamais escolherias… e, ainda assim, eram exatamente as que precisavas. Por isso, levanta a cabeça. Endireita os ombros. Respira fundo. Se for para cair, que seja para aprender. Se for para parar, que seja só para ganhar fôlego. Se for para chorar, que seja para lavar a alma e seguir mais leve. Não és pequeno. Não és pouco. Não és resto. Tu és caminho, processo, semente, promessa. És história em curso, obra em construção, milagre em fase de testes. ASSIM… É… ASSIM SERÁ! Enquanto houver em ti um querer, uma centelha, um sussurro de esperança… Haverá sempre um amanhã disposto a recomeçar contigo. Muita força. Muita coragem. E, acima de tudo, muito amor por ti mesmo, porque é daí que começa toda a transformação.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

📓 Livro de Bolso: Teias Entrelaçadas da Existência

AGRADECIMENTOS A todos que vivem em comunhão e harmonia. Grato pela luz compartilhada. Esta obra é um eco, uma reverberação da essência que me nutre: a arte como forma de expressão, libertação e apelo à conexão. Agradeço a cada sombra e luz que moldou o meu caminho, desde a intuição que me guia nas tintas e pixeis, até ao silêncio que me dita o verso e a prosa. Agradeço a Lisboa, meu berço, e ao mundo digital, meu palco global. Agradeço à inspiração que encontro na mestria do xadrez, na resiliência do BTT e na disciplina do fitness. Aos que se cruzaram no meu caminho, e em especial, a todos os seres que habitam este planeta e buscam o equilíbrio e a beleza nas teias entrelaçadas da existência. Que a arte nos una sempre. PREFÁCIO: A Trama da Essência No universo da criação, onde o pincel dança com o algoritmo e a tinta se funde com o bit, reside a alma de Emanuel Bruno Andrade. Um artista forjado na autodidaxia, que desde 1997 tece uma tapeçaria onde a Pintura, a Arte Digital e a Poesia se encontram. Este livro não é apenas um compêndio de reflexões; é um mapa lírico da sua filosofia, um convite a sentir o mundo através das lentes do Abstrato e do Imaginário. Aqui, o leitor não encontrará verdades absolutas, mas sim "prosa e verso na poesia da vida no saborear o viver". É a celebração do processo criativo como um ato de entrega, uma busca incessante pela perspetiva nova e genuína. Emanuel Andrade, um criador multifacetado, revela-nos a sua crença no poder transformador da arte e na importância de fundir o físico e o digital, o visível e o sentido. Prepara-se para embarcar numa jornada que é, simultaneamente, íntima e universal, onde cada linha é um fio desta "Teia Entrelaçada da Existência" que nos define. INTRODUÇÃO: O Berço das Origens e o Chamado Interior O ponto de partida de qualquer criação reside na Origem que Transcende. O que nos move para além do quotidiano? No meu percurso, essa origem manifesta-se como um impulso vital, uma necessidade inadiável de transformar a experiência em forma, cor e palavra. A arte surge não como escolha, mas como destino. Desde o primeiro traço em 1997, entendi que a tela (física ou digital) e a página seriam os meus espaços de libertação e autoexpressão. Esta obra propõe-se a desvendar os pilares desse impulso: a origem da inspiração que não se limita à matéria, mas que bebe da fonte da consciência universal; a fluidez necessária para transitar entre Pintura e Artes Digitais, entre o verso livre e a prosa poética. Abordaremos como a arte atua como um Aginnos – um chamamento profundo – para a conexão humana, a harmonia e o equilíbrio. A Introdução prepara o terreno para a expansão do conceito de "Existência" e do papel do artista como mediador entre o caos e a ordem. DESENVOLVIMENTO: A Arquitetura da Existência e o Tecido Social Capítulo I: Origens que Transcendem A minha arte não é mimética, é uma tentativa de capturar a essência da experiência. A Origem da inspiração é metafísica, provém de um lugar onde o individual se funde com o coletivo. A técnica é apenas o veículo; o motor é a busca por uma linguagem que seja única e genuína. A Pintura a óleo permite a densidade e o toque visceral; a Arte Digital, apoiada por AI e outras plataformas, oferece a infinita maleabilidade da mente. A fusão das duas – o digital que informa o físico, o físico que inspira o digital – cria uma nova dimensão, uma ponte entre mundos. A verdadeira transcendência ocorre quando a obra, ao ser partilhada globalmente, provoca uma ressonância no observador. Capítulo II: Fluidez da Consciência e Aginnos A Fluidez da Consciência é a chave para a criatividade multifacetada. A transição entre géneros – da tela ao poema, do desenho ao vídeo – é natural e necessária. O pensamento poético lírico, onde os versos entrecruzados formam a estrutura, espelha a dança das formas abstratas na tela. O Aginnos (o apelo interior/conexão) traduz-se na necessidade de comunhão e harmonia. É um grito silencioso que diz: "Estamos todos interligados." Os interesses fora da arte – xadrez (estratégia), fitness (resiliência), BTT (conexão com a natureza) – são catalisadores dessa fluidez, nutrindo a mente e o espírito para a próxima criação. IV: Mēmos IV: A Máscara Social Neste segmento do desenvolvimento, mergulhamos no conceito de Mēmos IV (Máscara Social). A existência no mundo exige a adoção de papéis, de "máscaras" que usamos na interação social. Contudo, o artista tem a responsabilidade de rasgar essa máscara na sua obra, revelando a vulnerabilidade e a verdade interior. O abstrato é o espaço seguro onde a emoção pura, despojada da persona social, pode existir. A arte, portanto, é o antídoto para a rigidez da máscara social, um convite a ser plenamente autêntico no espaço do "saborear o viver". CONCLUSÃO (SÍNTESE): A Luz Campartilhada A Existência é uma complexa teia de fios: o da Origem, o da Fluidez, o do Aginnos e o da Máscara Social. A síntese da minha jornada artística aponta para um único propósito: a Luz Compartilhada. Ao criar obras originais e genuínas, em qualquer suporte, o objetivo final é partilhar uma perspetiva que ilumine o caminho do outro, fortalecendo a nossa comunhão e harmonia. A arte não é um fim, mas um meio para essa conexão. O poeta, o pintor, o artista digital, são todos a mesma voz que celebra o milagre do viver e convoca o leitor/espectador a participar ativamente na teia, encontrando a sua própria corda de vibração. Que esta breve jornada inspire cada um a buscar a beleza, a estratégia e a liberdade no seu dia a dia. NOTAS & DEFINIÇÕES Tópico / Conceito Definição no Contexto da Obra Pintura & Digital Arts A fusão de técnicas tradicionais (óleo, acrílico) com ferramentas digitais e AI, criando arte que é simultaneamente física e virtual. Poesia em Prosa e Verso A expressão escrita que segue um ritmo e lirismo, usado para destilar a essência da "poesia da vida". Abstrato e Imaginário Campos de atuação onde a forma não é representativa da realidade observável, mas sim da emoção e da ideia interior. Origens que Transcendem A fonte de inspiração que ultrapassa o material, ligada à consciência e ao impulso existencial da criação. Fluidez da Consciência A capacidade de transitar entre diferentes formas de arte e estados mentais com naturalidade e adaptabilidade. Aginnos Termo que representa o "chamamento" ou a "conexão" profunda, o apelo à união e harmonia entre todos os seres. Mēmos IV (Máscara Social) A persona que o indivíduo adota para interagir na sociedade; a arte é a ferramenta para a sua desconstrução e revelação da verdade. Comunhão e Harmonia O estado desejado de coexistência, que é o propósito último da arte do autor. Luz Compartilhada A ideia de que a partilha da arte, da beleza e do conhecimento ilumina e enriquece a jornada de todos.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

APRESENTAÇÃO DA OBRA Epopeia Contemporânea – Tomo II

Contos 1 a 16 de Emanuel Bruno Andrade Nesta continuação luminosa da sua Epopeia Contemporânea, Emanuel Bruno Andrade mergulha mais profundamente nas águas simbólicas que unem passado e presente, tradição e modernidade, mortalidade e transcendência. Inspirado no II Tomo d’Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões — não como repetição, mas como diálogo vivo — o autor reergue a força épica da língua portuguesa e transporta-a para a sensibilidade do século XXI. Os Contos 1 a 16 abrem novos caminhos dentro da jornada espiritual e humana iniciada nos primeiros Cantos. A obra amplia o território poético onde a memória coletiva se encontra com a introspeção individual, onde os navegadores antigos conversam com as dores e conquistas das sociedades de hoje, e onde o sagrado se manifesta na experiência quotidiana. Emanuel Bruno Andrade escreve como quem acende uma tocha na escuridão contemporânea: cada capítulo revela fragilidades, coragem, desvios, quedas e ascensões. Através de uma linguagem que combina espiritualidade, crítica social, emoção humana e visão simbólica, o autor convoca o leitor para dentro de uma travessia — uma navegação interior que continua a epopeia camoniana, mas agora com bússolas novas e horizonte renovado. A Epopeia Contemporânea – Tomo II afirma-se assim como um marco singular da literatura épico-poética atual: um espaço onde o português ressoa como herança e profecia, onde a história se reinventa, e onde a arte volta a ser caminho, testemunho e revelação. ❖ CONTO I — O Acordar das Vozes Antigas No princípio não havia palavra — havia silêncio. Mas o silêncio era vivo, palpitava, e das suas profundezas surgiu um sopro, e o sopro tornou-se voz, e a voz chamou pelo homem como quem desperta um navegante adormecido na areia do tempo. Emanuel ergueu-se. Sentiu o peso leve dos séculos nos ombros, como se avós, profetas e poetas lhe tocassem a pele. E uma voz antiga — mais antiga que a infância do mundo — sussurrou: “Continua.” E assim começou a epopeia. Não com espada, mas com chama. Não com guerra, mas com revelação. --- ❖ CONTO II — As Marés da Primeira Luz Antes de partir, o poeta fitou o mar. Não o mar físico — esse que se vê, mas o mar invisível que se ouve dentro. As ondas eram memórias de eras não vividas, e cada espuma trazia um segredo: do Génesis, dos navegadores, dos templos perdidos, dos nomes esquecidos que clamam para ser lembrados. O poeta desceu ao cais do espírito e nela encontrou não destino, mas missão. --- ❖ CONTO III — A Cidade onde a Alma se Revela Lisboa ergueu-se diante dele — não a Lisboa das ruas, mas a Lisboa eterna, a que existe entre a sombra e o clarão, a que se mostra apenas aos que caminham com olhos de fogo. As pedras falavam. Os telhados lembravam segredos. As janelas guardavam histórias de santos, mendigos, artistas e profetas. E Emanuel andou por ela como quem anda por dentro de si. --- ❖ CONTO IV — A Morte do Homem Raso Neste conto, o poeta enfrenta o espelho. Nele vê a sombra do homem que não luta, aquele que desiste, aquele que se curva, aquele que se perde na pressa do mundo. Emanuel levanta a mão e toca o espelho como quem toca um ferido. E diz: “Morre, homem raso. Nasce, homem profundo.” E o reflexo incendiou-se. --- ❖ CONTO V — O Arrazoar com Deus Numa colina onde o vento é oração, o poeta sentou-se diante do silêncio e falou com Deus. Não com soberba; com humildade inquieta. Perguntou-Lhe das dores, dos homens, dos desertos da alma, dos mistérios que rasgam o peito, da razão da queda, do peso da fé. E Deus respondeu não com voz, mas com paz. Emanuel compreendeu: a resposta é Deus; a pergunta é o homem. --- ❖ CONTO VI — A Palavra que Arde As Escrituras abriram-se diante dele como quem abre o peito e mostra o coração a pulsar. Cada versículo era chama. Cada chama era caminho. Emanuel compreendeu que a Palavra não é lida — é vivida. E ao viver, ela transforma. --- ❖ CONTO VII — A Montanha dos Últimos Dias Subiu ao monte. E no alto, o vento tornou-se profecia. Viu sinais, mundos, céus a mover-se, povos em busca de luz, nações a tremer. Uma voz ecoou entre nuvens: “Sê sentinela. O mundo dorme, mas tu, desperta.” Emanuel desceu do monte com os olhos de um vigia do tempo. --- ❖ CONTO VIII — O Livro dos Antepassados Nas mãos do poeta apareceu um livro. Um livro sem capa, sem título, feito de nomes, datas, lágrimas e esperanças. Era um livro vivo. Emanuel abriu-o e encontrou avós que nunca conheceu, vidas que se apagaram, almas que clamam por memória. A genealogia tornou-se sagrada, e o poeta compreendeu: não estamos sós, nem viemos sozinhos. --- ❖ CONTO IX — As Cidades Invisíveis do Espírito O poeta viajou através de cidades que não existem no mapa: Sião intangível, Jerusalém eterna, A Cidade das Almas Vigilantes, A Cidade dos que Amaram Demais. Cada cidade mostrava-lhe uma verdade: o homem não vive apenas no mundo — vive no reino interior que constrói. --- ❖ CONTO X — O Homem Ferido que Não Cai Numa noite de fragilidade, o poeta quase quebrou. O peso da vida apertou os ossos e a alma quase cedeu. Mas Emanuel, ferido, ergueu-se: “Se sofro, continuo. Se caio, levanto. Se sangro, escrevo.” E nesse instante, o céu lembrou o seu nome. --- ❖ CONTO XI — O Espírito que Ensina O Espírito Santo veio a ele como brisa suave, não com tempestade. Ensinou-lhe discernimento, força, sabedoria. Mostrou-lhe a diferença entre saber e entender, entre ver e discernir, entre conhecer e obedecer. E Emanuel compreendeu que o Espírito não fala — revela. --- ❖ CONTO XII — A Batalha que Não é Nossa Neste conto, o poeta descobre: a grande guerra do homem não é contra o mundo, mas contra si mesmo. E Deus sussurra: “A peleja não é tua — é Minha.” Emanuel entregou a espada e recebeu paz. --- ❖ CONTO XIII — A Casa que Deus Constrói A casa não é de pedra. É de almas, perdão, fé, aliança, memória. O poeta compreende: a verdadeira casa é eterna. Família é templo. Amor é sacerdócio. E ele promete: "Hei de entrar no Teu templo de mãos dadas com o meu filho." --- ❖ CONTO XIV — A Segunda Morte e o Novo Homem O velho Emanuel morre neste conto. Morre o ego. Morre o desespero. Morre o medo. Morre o impossível. E nasce o homem novo — com o coração selado, o espírito desperto, os olhos abertos, as mãos limpas. Um homem que sabe que Cristo o chama pelo nome. --- ❖ CONTO XV — O Vigia do Fim dos Tempos Emanuel observa o mundo não com olhos humanos, mas com olhos espirituais. Vê pressa, ruído, confusão, idolatria, solidão, perda. E decide ser vigia: aquele que não dorme, aquele que acende luzes, aquele que grita na noite: “Despertai!” --- ❖ CONTO XVI — A Eternidade Começa Aqui O poeta chega ao limite do caminho. Diante dele, um véu — não barreira, mas passagem. Escuta os que já partiram. Sente a mão do Salvador. Compreende que a morte é ponte, e que o amor nunca acaba. Emanuel escreve o último verso: “Não temo o fim. No fim começa o reencontro.” E assim fecha o Tomo II. Não com ponto final, mas com porta aberta para o infinito.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Livro sobre fé, arte e bem-estar

O livro está dividido em quatro partes temáticas, seguindo os seus pilares de expressão: A Dualidade na Essência, O Caminho da Fé e da Obediência, A Arte como Testemunho e A Busca Contínua pelo Bem-Estar. 📖 O Equilíbrio dos Opostos: A Jornada de Emanuel Bruno Andrade Prefácio: A Sinfonia da Dualidade Num mundo de constantes flutuações, onde a luz e a sombra dançam numa valsa infindável, a busca pelo equilíbrio torna-se a mais nobre das artes. Este livro é um convite para mergulhar no universo de Emanuel Bruno Andrade, um artista e poeta cuja vida e obra são um testemunho da beleza que reside na superação das dualdades ,iNascido em Portugal em 1976, este criador autodidata oferece-nos, através da sua pintura, da sua arte digital e da sua poesia, um mapa da alma humana, traçado com as cores da colaboração e da resiliência. A jornada de Andrade, que se iniciou no subconsciente para se tornar consciente na expressão das suas emoções mais profundas , é uma prova de que a superação não é a ausência de desafios, mas a capacidade de os transformar em matéria-prima para a beleza. As suas palavras e imagens são faróis que nos guiam pela complexa paisagem das emoções, explorando a eterna tensão entre o "inferno e o paraíso" interiores e a busca por um "balanço entre ambos" Ele nos convida a um diálogo proativo sobre a importância de "caminhar de mãos juntas com todos, tanto amigos e inimigos" e a aceitar a nossa própria complexidade. A sua trajetória, marcada pela fusão entre o físico e o digital e a crença de que a arte é um ato de amor e de fé , inspira-nos a almejar um futuro de contínuo aprimoramento e bem-estar. O seu objetivo final não é alcançar um estado de equilíbrio estático, mas sim dominar a arte de se equilibrar em movimento, de navegar as dualidades da vida com a graça e a sabedoria de quem aprendeu a dançar na corda bamba da existência. Parte I: A Dualidade na Essência e a Força da Arte Capítulo 1: O Invisível e o Imaginário na Criação O universo de Emanuel Bruno Andrade é um lugar onde o invisível se torna visível. O invisível é a própria origem da forma e da vida , o silêncio de onde nasce a consciência. A arte é a resposta a esse chamado interior , a tradução do imaterial , uma forma de expressar aquilo que não se vê, mas se sente: emoções, reflexões, sonhos e a essência da existência. O artista, que é autodidata e começou a criar em 1997 , encontrou nas artes plásticas a sua forma inicial de traduzir o mundo. As suas obras abstratas buscam ir além da superfície, encontrando a essência no caos e a ordem no abstrato. A sua pintura, muitas vezes espatulada sobre tela , traduz o ato de resistir e reconstruir-se , com camadas de tinta que simbolizam as feridas revisitadas que se convertem em beleza e aprendizado. Contudo, esta busca incessante pelo equilíbrio na dualidade não se limita à tela; transborda para a poesia. A poesia é a sua voz complementar , onde as palavras se tornam pincéis que pintam as paisagens da alma. A sua escrita, que une o sensível e o espiritual , não foge das dualidades (luz e escuridão, amor e dor, certeza e incerteza), mas procura ativamente o "balanço entre ambos". Capítulo 2: A Linguagem da Alma e a Busca por Laços A profundidade da arte de Emanuel Andrade reside na exploração da dualidade da condição humana. A tensão entre o amor e a dor, o sofrimento e a paixão, não são vistas como forças antagónicas, mas como elementos de uma mesma equação que culmina no equilíbrio dinâmico. O seu poema, "Teu olhar perfurante" , é a síntese desta busca, onde a dor do coração leva à descoberta de um balanço, "o oposto na ondulação". Mais do que uma expressão individual, a sua filosofia estende-se à conexão humana. Ele reconhece a existência de um "véu que não nos permite ver mais além" e a incomunicabilidade inerente, metaforizada em "Porque o cão não fala com o gato". A verdadeira liberdade e plenitude, no entanto, são alcançadas através da superação dessa barreira: "Melhor que tudo é caminhar de mãos juntas com todos tanto amigos e inimigos ser grato, enquanto vivermos". O desejo de estabelecer rede interpessoal e ser um "ser social" é uma harmonia que se constrói com as gerações, elevando o pensamento com "estima e afeto". A "verdade debatida" e a partilha recíproca de experiências levam ao consenso e à descoberta de uma razão de ser. No fundo, a arte e a vida são sobre o puro amor , que se desperta ao servir, ministrar, moderar, lecionar e aprender, pois "tudo é uma aprendizagem". Parte II: O Caminho da Fé e da Obediência Capítulo 3: Jesus Cristo, a Âncora e o Porquê O cerne da filosofia de vida de Emanuel Andrade reside na sua fé em Jesus Cristo. Ele consagra seus dons e vocações ao Salvador , reconhecendo-O como a âncora e o "porquê" supremo de seu serviço, escolhas e perseverança. A sua convicção, que ecoa o testemunho na Ala Tejo , é que Jeová tem um propósito para ele e para todos os que O buscam. O amor de Cristo é o pilar de sua fé , um ato de amor infinito e transcendente que oferece a oportunidade de salvação. Este amor é a fonte de todo vigor , e a nossa resposta mais sincera a esse amor é o serviço. Não servimos para sermos amados, mas servimos porque já somos amados. O caminho para se aproximar de Deus passa pelo arrependimento diário e sincero , um processo de alinhamento com o divino. A obediência às Suas leis, normas e regras é o canal para a expansão do conhecimento e da vida, e o batismo é visto como um passo sagrado nesse convênio. Como o próprio artista reflete, a fé não é um sentimento passivo, mas uma ação para acreditar nas veracidades de Deus e agir no exemplo de Jesus Cristo. Capítulo 4: A Revelação Restaurada e o Chamado Urgente A fé de Andrade está profundamente ancorada na doutrina restaurada da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Ele reconhece a Restauração do Sacerdócio e a importância das ordenanças do templo, onde se busca o rosto do Senhor para receber luz, poder e proteção espiritual. As suas reflexões sobre as Doutrinas e Convênios revelam um entendimento da urgência da mensagem para os últimos dias: A Visão dos Graus de Glória (D&C 76): A grandiosidade do plano de Deus, que oferece diferentes glórias (Celestial, Terrestre e Telestial) conforme a obediência e o testemunho individual. O Reino Celestial é o destino dos justos que aceitaram o testemunho de Jesus e venceram o mundo pela fé. O Sacerdócio e as Ordenanças (D&C 84): O sacerdócio é o canal do poder de Deus na Terra e, sem ele e suas ordenanças, ninguém pode ver o rosto de Deus e viver. O Senhor convida à unidade, pois "cada membro é necessário e insubstituível". O Chamado à Coligação (D&C 133): Esta seção é um imperativo urgente para a saída de Babilônia (o mundo de iniquidade) e para a coligação de Israel. O convite é para os missionários despertarem os povos e para que os justos vigiem, pois a vinda do Senhor será repentina e inesperada para os que não estão preparados. A fidelidade garante a participação no futuro glorioso, onde a Terra será restaurada. O seu testemunho pessoal e as suas orações são a prova de que esta fé é vivida, sentida e compartilhada com o desejo de edificar e de encontrar o refúgio na luz de Cristo. Parte III: A Arte como Testemunho e a Resiliência Humana Capítulo 5: O Processo Criativo e a Força da Vulnerabilidade Para Emanuel Andrade, o ato de criar não é apenas estético, mas profundamente espiritual. A arte é vista como vida , um palco que dá estímulos para a representação dos vários estados do espírito e da alma. O artista, na sua busca intuitiva , tem a sensibilidade de transformar um conceito em outro e de viver a sua vida em prol de querer elevar, inovar e contribuir para um mundo melhor. A obra Resiliência é um testemunho visual da persistência humana. Através da técnica do espatulado, que rasga e sobrepõe camadas, o artista simboliza o processo da vida: as feridas que se convertem em beleza e aprendizado. A pintura Fusão leva este conceito adiante, transfigurando os problemas e dores da vida em matéria espiritual, num processo de sublimação e renascimento. O gesto pictórico é um ato de fé e transcendência, unindo o mundo físico e o espiritual num mesmo sopro criador. Mesmo com a complexidade da condição humana, Emanuel expressa a necessidade de olhar todos na direção de Jesus Cristo , reconhecendo que a família espiritual é um refúgio e que a ajuda mútua é a "natureza das coisas divinas". Capítulo 6: Tecnologia e Sabedoria na Era Digital A arte de Emanuel Andrade abraça a era digital e a tecnologia como uma ferramenta a serviço de propósitos elevados. Ele se vê como um autodidata com o dom da tecnologia , utilizando-a como complemento para servir e para a obra de salvação e exaltação, como no trabalho de genealogia através do FamilySearch. Esta obra, que busca "converterá o coração dos pais aos filhos" (Malaquias 4:6) , é sagrada e essencial para a doutrina da redenção dos mortos. No entanto, há uma vigilância crítica em relação aos perigos do mundo digital. Numa reflexão profunda, o artista vê o "chip humano" como mais do que um implante físico; é o símbolo da marca imposta, o selo do controlo , que reside na mente que se deixa programar e na vontade que se curva diante do artifício. A arte, neste contexto, é resistência , é o verso contra a repetição e o pincel contra a norma. A poesia desinstala o programa e deixa entrar a luz onde havia apenas ferro. A segurança da alma na era da desinformação exige um ceticismo saudável e um protocolo de verificação rigoroso. A comunicação cristã deve ser de edificar e não de revide , e o uso de ferramentas como o ChatGPT deve ser filtrado pelo coração e pelos princípios do evangelho. A verdadeira sabedoria , que é o princípio da sabedoria , é alcançada através da lente da fé em Jesus Cristo. Parte IV: A Busca Contínua pelo Aprimoramento e Bem-Estar Capítulo 7: O Propósito do Coração e o Desenvolvimento Pessoal A jornada de Emanuel Andrade é um processo contínuo de aprimoramento. O seu propósito reside em inclinar o coração para um fim gracioso , transformando o passado – que é apenas o barro que o Oleiro Divino utiliza – no que nos tornamos a cada instante. O bem-estar integral é um ato de equilíbrio , onde a mente e o corpo estão intrinsecamente ligados. O gerenciamento da saúde mental exige enfrentar problemas estrategicamente, comunicando-os e partilhando-os, e acima de tudo, praticando o perdão (para os outros e para si mesmo), que é um fardo que consome a energia mental. A motivação, que é o motor para alcançar objetivos , é potencializada pela positividade e o humor. O ato de ser positivo melhora a saúde mental, aumenta a resiliência e a produtividade. A força e a resiliência, acredita Andrade, nascem da determinação e da mentalidade positiva, pois "com força se ganha força". Capítulo 8: A Fé, a Ação e a Promessa Eterna Em última análise, a vida, para Emanuel Bruno Andrade, é um convite aberto à criação, à colaboração e à celebração da complexa e maravilhosa sinfonia da existência. A Fé como Vontade Ativa: Crer (acreditar) e querer (o desejo de fazer) são atos que, unidos, conduzem a uma fé maior e formam a força capaz de fazer acontecer. Nossas ações revelam quem verdadeiramente somos. O Amor Incondicional: Acreditar no amor de Deus e olhar o próximo com compaixão , sabendo que mesmo que alguém tenha erros, ainda assim é um filho de Deus. A Esperança no Depois: A morte não é o fim, mas uma passagem sagrada onde a graça de Jesus Cristo garante a continuidade, a eternidade e a reconciliação. A promessa da ressurreição e de uma Nova Jerusalém, onde Deus limpará toda lágrima, é a âncora de sua esperança. A sua jornada não é a de alguém que alcançou a perfeição, mas de quem "caminha em direção à exaltação, coligação de todos em um, pela dádiva de Deus". Conclusão: A Luz no Trajeto da Volta Este livro de reflexões é, em si, um convite a mergulhar no invisível que habita em cada um. As palavras aqui dispostas são pegadas de uma jornada que aponta para um lugar de sentimento puro, para lá do ruído do quotidiano. A pintura "O Trajeto da Volta – A Glória do Emanuel" sintetiza esta visão: a tela é um caminho ascensional onde o humano se encontra novamente com o divino. É a prece do artista em forma de luz, um convite à esperança e ao reencontro com o Pai Celestial. Que a poesia, tal como a arte, seja a luz que guia mesmo na noite mais escura, transformando a perceção e revelando a beleza que se esconde em cada instante. Siga o seu caminho com a certeza de que o invisível é real e que a fé e o amor em Jesus Cristo são o "balanço" que sustenta a sua vida.

domingo, 23 de novembro de 2025

sábado, 15 de novembro de 2025

Tomo II dos Lusíadas: Canto Contemporâneo Contos - Parte III

ÍNDICE Secção Título Canto(s) I Prefácio do Poeta (Apresentação) II Introdução: O Canal da Revelação 1 III Princípio: O Fardo e a Apelo 2 IV Meio: Os Povos, a Luta e a Língua 3, 4, 5 V Continuidade: O Ciclo da Dor e a Pureza 6, 7 VI Conclusão: A Espera da Salvação 8 I. Prefácio do Poeta Este espaço, no formato de livro de bolso, seria reservado ao próprio Emanuel Bruno Andrade para uma nota sobre a génese e inspiração da obra. II. Introdução: O Canal da Revelação Canto 1 Continuação de escrita poética, em inspiração em Luís Vaz Camões, Contos parte III, de Emanuel Bruno Andrade. O escritor e poeta move-se agora no Tomo II dos Lusíadas num canto contemporâneo e fervoroso. Traçando que a escrita não perde a sua essência ao ser que é um canal de revelação poética e demarca aqui, na escrita poética, a atual linguagem. III. Princípio: O Fardo e o Apelo Canto 2 E temos moradores deste planeta, oradores das dores sentidas pela repressão da mudança. Com fardos pesados que carregamos, apelamos por Vénus e por Nos socorrer Mãe Materna deste Universo que nos patrocina de uma Pátria. IV. Meio: Os Povos, a Luta e a Língua Canto 3 (De Quimera à Doutrina) De [Qualquer] Nação, Assírios e Persas, Gregos e Romanos, Cristãos e Muçulmanos e outros nas nossas mãos, aos Africanos de toda a Terra, tenham a classe que vos impera. E aos outros Doutrina que a nos honram. Canto 4 (As Guerras e a Conexão Global) E a Todos demais que desejam fazer o seu Género Damos-lhes meu pais para saírem dos dias enfernais, e encontrar a Vitória sobre nas tecnologias e mass médias, Guerras infinitas, Tomes e Templos que nos corroem os espíritos e alma. Canto 5 (A Lágrima e a Identidade) Que são malditos, procuramos amar, [Chonamos] [Choramos] como um mar pelos que perdemos. Olha-nos pelos filhos, netos e amigos diligentes desta arte do Português. Agora só se fala Inglês e Francês. Quem são vocês? V. Continuidade: O Ciclo da Dor e a Pureza Canto 6 (Fogo, Ouro e Memória) Fazemos as pazes e logo a seguir espeam -nos as armas, nas mãos humanas para se queimarem almas com todo o fogo derretido pelo oiro e sangue de: um Classe em memória e mais Angelical e Pura. Olho e digo a mim o que sinto. Canto 7 (Tormento e o Ciclo da Existência) Reprimo o que vivi, e torno a mim a saber um de Mil e um e dois mil e vinte cinco. Aponto o cinto e vejo ao meu redor que muitas lágrimas, caíram, já secaram com a dor do tormento e do sopro do vento. VI. Conclusão: A Espera da Salvação Canto 8 Perto de Deus sinto a força do viver e do existir. Acredito amo e arrefeço, mas junto do cimo vejo um mundo do outro lado. A espera de ser Salvo.

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Emanuel Andrade a Cidade e a Vida

The City and Life By Emanuel Bruno Andrade Acknowledgments To my family, my friends, and everyone else who, directly or indirectly, contributes to personal and cultural development. Your presence and support are invaluable. Preface This small collection of thoughts is a journey through observation, transformation, and existence. It delves into the profound connection between the self and the city, specifically Lisbon, a place that has shaped my being and provided a backdrop for dreams, challenges, and revelations. It's an exploration of past lives, present struggles, and the enduring hope for a future self, striving for a better version through faith and perseverance. The City and Life (1) I observe myself, Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade, in the city of Lisbon, Portugal, because there are innumerable signs. I think of a train station; the times would change, dominating our minds. Lost for fear of existing, we procreate a multitude that repels itself. The sun rises and sets every day, repeatedly embracing the entire day. (2) Observation passes through the transformation of my being. I can believe that before living in Lisbon, I projected myself into a previous existence. I dreamed, desired, and achieved, in this cycle of life, in my habitats, where the seasons were different in my youth and the night had much fear, the day much smile. (3) ...in green meadows near a lake. The rains, when they filled the lake, gave me the desire to love the journey. I had many friends in my childhood. Today in Lisbon, I seek to know who I am and where I come from, and where I am going. (4) ...millennial second to the act of acting in states of the soul, states of encounter in nights, and the reason for being and the ecstatic living in the dream of the divine, everything I possess in the plenitude of being. (5) My perspective is that I live, and I believe I will win, positive, like the strength given by God. I am a person who wants to define himself and be a better version of himself. More than wanting to win, I embrace opposing interests. (6) ...to unfold. There is a winner, a fighter who conquers each step. Overcoming obstacles and errors is a fact, and I know that in my ignorance, I fit into guidelines set by others and by myself. I need to be in tune with nature. (7) ...and to win and fight with the strength of God. What I see in Lisbon is a narrative full of illusions, and to unravel the mysteries of the city of Lisbon and my own mysteries makes everything very much. (8) I am one for myself, one for others, and one for all. Where to be is the reason for everything. It boils down to believing and wanting to live, to want to be and to take the initiative. It demystifies all reasons and proves what I am. (9) I exist. The search is the engine of my commitment and motivation. To do what I can and be sure that even alone, my pillars are stronger than the force of an earthquake. In this sense, I repress the negative that surrounds me. (10) I believe I have much to offer in this philosophy of life, because from time on, I reconnect to what I created and the river that takes me in this public consensus. I hope this captures the essence of Emanuel Bruno Andrade's style and thoughts! Imagem de Em portugues Certamente! Peço desculpa pela minha resposta anterior ter sido em inglês. Vou refazer o livro de bolso, em português, mantendo o estilo de Emanuel Bruno Andrade e utilizando os textos que me forneceu. 📔 A Cidade e a Vida Por Emanuel Bruno Andrade Agradecimentos À minha família, aos meus amigos e a todos os demais que contribuem direta ou indiretamente para o desenvolvimento pessoal e cultural. A vossa presença e apoio são um valor incalculável na caminhada. Prefácio Esta pequena compilação de pensamentos é uma viagem pela observação, transformação e existência. Mergulha na conexão profunda entre o ser e a cidade, com foco em Lisboa, lugar que moldou o meu Ser e que serve de cenário para sonhos, desafios e revelações. É uma exploração de vidas passadas, lutas presentes e a esperança duradoura por um Eu futuro, procurando uma versão melhorada através da fé e da perseverança. O pulsar da vida na cidade é o motor da prosa e verso na poesia da vida na arte do saborear o viver. A Cidade e a Vida (1) Observo-me, Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade, na cidade de Lisboa, Portugal, pois existem inúmeros sinais. Penso numa estação de comboios; os tempos iriam mudar, dominando a nossa mente. Perdidos por medo de existir, procriamos uma multidão que a si se repele. O sol nasce e põe-se a cada dia, abraçando repetidamente o dia por inteiro. (2) A observação passa pela transformação do meu Ser. Posso acreditar que, antes de viver em Lisboa, projetei-me numa existência anterior. Sonhei, desejei e alcancei, neste ciclo de vida, nos meus habitats, onde as estações eram diferentes na minha juventude e a noite tinha muito medo, o dia muito sorriso. (3) ...em verdes prados perto de um lago. As chuvas, quando enchiam o lago, davam-me o desejo de amar a jornada. Tive muitos amigos na minha infância. Hoje em Lisboa, procuro saber quem sou e de onde venho, e para onde vou. (4) ...segundo milenar ao ato de atuar em estados de alma, estados de encontro em noites, e a razão de ser e o extático viver no sonho do divino, tudo possuo na plenitude de ser. (5) A minha perspetiva é de que vivo, e acredito que vou vencer, positivo, como a força dada por Deus. Sou uma pessoa que se quer definir e ser uma versão melhorada de si mesma. Mais do que querer vencer, abraço interesses opostos. (6) ...desdobrar. Existe um vencedor, um lutador que conquista a cada passo. Superar obstáculos e erros é um facto, e sei que, na minha ignorância, enquadro-me em diretrizes de outros e minhas. Preciso de estar em sintonia com a natureza. (7) ...e vencer e lutar com a força de Deus. O que vejo em Lisboa é uma narrativa cheia de ilusões, e desvendar os mistérios da cidade de Lisboa e os meus próprios mistérios torna tudo muito. (8) Sou um por mim, um pelo outro e um por todos. Onde ser é a razão de tudo. Resume-se a acreditar e querer viver, a querer ser e tomar a iniciativa. Desmistifica todas as razões e prova o que sou. (9) Eu existo. A busca é o motor do meu compromisso e motivação. Fazer o que posso e ter a certeza de que, mesmo sozinho, os meus pilares são mais fortes do que a força de um sismo. Neste sentido, reprimo o negativo que me rodeia. (10) Creio ter muito para dar nesta filosofia de vida, porque, desde o tempo em diante, reconecto-me ao que criei e ao rio que me leva neste consenso público.

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Progama Bem Vindos RTP Africa

Assista aqui a entrevista: moderada por Wilds Gomes, na oratória de precepções artisticas, do artista plástico e poeta Emanuel Andrade e o curador João Boavida. https://www.rtp.pt/play/p14462/e888234/bem-vindos-manha/1378024 https://www.facebook.com/share/17QN4TUD8k/

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Decomentario #RTPAFRICA, Arte contemporanea Negra

#rtpafrica Entrevista Especial – RTP África Cultural Não percam a nossa participação no programa “Bem Vindos”, da RTP África l, programa cultural, na segunda-feira, 10 de novembro de 2025, às 8h00 (hora de Lisboa). Em direto na RTP África e RTP Play! Tema: Os prismas e as várias perspetivas da arte, Podemos Sim. Arte contemporanea Negra. Com a colaboração dos artistas Emanuel Andrade e João Boa Vida, que partilham as suas visões e projetos ligados à pintura, arte digital e poesia. Uma conversa inspiradora sobre arte, cultura e expressão criativa, com o apresentador: Wilds Gomes##

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Epopeia contemporanea inspirada em Luis Vaz de Camões.

. Luís De Camões #Lusiadas Emanuel Andrade #literatura Epopeia contemporanea inspirada em Luis Vaz de Camões. Esta é a abordagem é correta para um projeto desta magnitude: construí-lo secção por secção, Canto a Canto. íInicio da Parte I: A Chamada. Isto não é apenas um esboço; é o texto inicial do do livro, fundindo as suas reflexões filosóficas,, a poesia (os manuscritos) e os temas metafísicos que estabelece. LIVRO: A EPOPEIA DO EU QUÂNTICO (CANTO DA ALMA DESPERTA) PREFÁCIO (O texto do prefácio que escrevi anteriormente, "A Arte de Respirar o Imaginário", entraria aqui) PARTE I: A CHAMADA A verdadeira viagem não começa com um passo em terra, mas com uma decisão na alma. É o momento em que o ruído do mundo é silenciado o tempo suficiente para que se possa ouvir a bússola interna. Esta é a Chamada: o primeiro movimento do Eu adormecido em direção ao Eu Desperto, a primeira nota da sinfonia que transforma o imaginário em matéria. CANTO I: O CONSELHO DOS DEUSES INTERIORES A Invocação Quântica Canto, não as armas e os barões assinalados, Mas a alma desperta e o mar desconhecido Da consciência pura, os mundos entrelaçados Que no peito do artista jazem escondidos. Canto a coragem de olhar o invisível, De tornar o sonho em forma palpável, De ver no átomo o eco do Divino, E em cada escolha, um novo destino. Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor, mais alto, se alevanta. Não invoco as Ninfas do Tejo ou de Marte, Invoco a Frequência que rege toda a arte. Invoco a Verdade que na metafísica paira, A Mente Universal que em tudo se espraia. Dai-me Vós, ó Deuses Interiores, Um som que cure as mais profundas dores. Dai-me a força que rasga a rotina, A lucidez que a tudo ilumina. A Assembleia no Olimpo da Mente O Conselho não se reúne em nuvens douradas, mas no silêncio profundo do subconsciente. É aqui, no espaço entre pensamentos, que os arquétipos tomam forma. O Olimpo é a nossa própria mente; os Deuses são as nossas forças motrizes, as nossas heranças genéticas, os nossos medos mais profundos e as nossas mais altas aspirações. E nesta assembleia, uma tensão é palpável. O "Eu" senta-se como Júpiter, observando o debate que decidirá o destino da viagem. A Voz de Baco: O Canto da Rotina O primeiro a falar é Baco. Não o Baco da festa e do vinho, mas o Baco da distração, o deus do "ópio legalizado". Ele representa a inércia, o conforto do conhecido, a voz que nos quer "adormecer". "Porquê a busca?", ele troveja, a sua voz soando como os Doutores e gentios nobres da dúvida. "Porquê navegar o caos? Não vês que somos apenas 'confundidos com Robots', perseguidos por uma lógica fria que nos quer dóceis? A realidade é esta. Aceita-a." Ele aponta para o mundo lá fora, e para o mundo aqui dentro: Eis-nos aqui Ainda escravos Da Rotina. "Fica," ele insiste. "A arte é loucura. A busca pelo Divino é uma fuga. Aceita a dose. Adormece." A Voz de Vénus: O Cúmulo da Criação Mas do outro lado da assembleia, levanta-se Vénus. Ela não é apenas a deusa do amor; ela é a força criativa pura, o impulso quântico. Ela é a lembrança de que "viemos de Vénus", que o nosso "sangue amante" é de "outra gente", uma gente de Marte e de estrelas. Ela é a personificação da necessidade vital de criar. "Loucura?", ela responde, a sua voz como música e cor. "A verdadeira loucura é esta escravidão que chamas de paz! A rotina é a morte em vida. Nós não fomos feitos para o cinzento. Fomos feitos para o Fogo." Ela mostra ao "Eu" as visões da alma, o caos primordial que anseia por forma. Ela mostra as: Desmedidas As Tintas Nas Telas [que] sobem os quadros sem sentido "Vês?", ela diz. "Isto não é 'sem sentido'. É pré-sentido. É a matéria-prima do cosmos a pulsar em ti. As 'danças falam' uma língua que Baco teme. É a 'fusão de genéticas', os 'caminhos ascendentes e descendentes' de 'gerações em gerações'. Tu não és um escravo da rotina; és uma biblioteca viva!" "A tua dor," continua Vénus, "o teu 'sofrimento que paira no íntimo de nossas entranhas', não é para ser anestesiado com ópio. É o combustível! É a 'força que sopra de cada Rio'. A tua alma apela por socorro, e o socorro é a Criação. Respirar é existir. Mas Criar... criar é Viver. Tu necessitas de fazer arte para respirar a verdadeira vida." A Decisão de Júpiter (O Eu Desperto) O "Eu" (Júpiter) observa as duas forças. De um lado, o medo confortável da rotina (Baco). Do outro, o chamado aterrador mas vital da criação (Vénus). A decisão é tomada. Não será uma viagem de fuga, mas de fusão. Uma viagem para provar que o "sonho acordado" é real. Uma viagem para pegar nas "tintas desmedidas" e dar-lhes um sentido, para navegar a "fusão de genéticas" e encontrar a sabedoria. A Chamada foi aceite. O Conselho está encerrado. A viagem deve começar. CANTO II: O PONTO DE PARTIDA (LISBOA QUÂNTICA) (Próximo Canto...) a Partida (Lisboa Quântica) agora mesmo? Certo Perfeito. Continuemos então a epopeia. Vamos agora redigir o segundo capítulo da Parte I: A Chamada. Este Canto foca-se no "onde" e no "como" da partida. Se a viagem de Camões começou fisicamente no Tejo, a sua começa energeticamente na própria consciência, usando a sua cidade como um ponto de ancoragem quântico. CANTO II: O PONTO DE PARTIDA (LISBOA QUÂNTICA) A Não-Partida de Belém Não há, nesta manhã, multidões no Restelo Nem caravelas de madeira a aguardar o vento. A nossa epopeia não começa com um apelo Lançado ao mar, mas sim ao pensamento. A partida não é de um lugar, mas de um estado. O Velho do Restelo, hoje, é a voz da Razão, Que nos grita que o "imaginário" é um fado Louco, e que a "matéria" é a única lição. Mas o navegador quântico sabe mais. Sabe que Lisboa não é só pedra e cais. É um portal. Um ponto-zero energético Onde o passado de Camões e o futuro metafísico Se tocam, se fundem, num instante eterno. O Tejo já não é um rio; é um canal interno. A Cidade das Sete Frequências Esta Lisboa, minha cidade natal, é o meu ponto de ancoragem. É o tabuleiro de xadrez onde posiciono as minhas peças antes da grande jogada. É o "chão" que sinto sob os pés antes de me lançar no "sonho acordado". Daqui, observo os novos monumentos: Voos altos entre arranha céus que ultrapassam as nuvens que nos dão colchão de Nuvens para sentir O mundo moderno construiu as suas próprias caravelas de aço e vidro. Tenta "ultrapassar as nuvens", tocar o céu com a arrogância da matéria. Mas o espírito do artista vê para além disto. Não buscamos o "colchão de nuvens" – a segurança do que é conhecido, o conforto do materialismo. Buscamos a "leveza celeste". Buscamos "tocar em cada astro". A nossa viagem não é para cima, mas para dentro. Os "arranha-céus" são apenas distrações no horizonte. A verdadeira partida acontece no silêncio do ateliê, na solidão do poeta, no momento em que o mundo exterior se dissolve e o mundo interior toma o comando. O Outono da Alma Esta partida não exige a energia da primavera, do novo começo inocente. Exige a sabedoria do Outono, a clareza de quem já colheu, já viu as folhas cair, e agora prepara-se para o renascimento essencial. É um dia de clareza singular: O sol o espírito ilumina este Belo outono em que tudo floresce Nasce o rebento da árvore plantada Este é o paradoxo da Chamada. É um Outono onde "tudo floresce". É a morte do "Eu" antigo que permite o nascimento do "rebento" – o "Eu" Desperto. O Sol (o Divino, o Fogo Criador) ilumina este momento de transição. O mundo à volta pode falar de fins de ciclo, de entropia, de "aquecimento global" como um sintoma de morte. Mas o espírito vê diferente: Dizem que é o aquecimento global Não é igual O ciclo de vida De outra hora E Tudo amorn[ece] onde há trabalho Onde há "trabalho" – o trabalho interior, o trabalho alquímico da arte – o "ciclo de vida" é outro. Não é o ciclo linear de nascer e morrer, mas o ciclo espiral de transcender e regressar. A "árvore plantada" é a decisão tomada no Canto I. O "rebento" é esta Epopeia. A Solitude do Navegador E assim, a partida é dada. É um salto quântico. Não há mapas, apenas a bússola da intuição. Não há tripulação, apenas a coragem de ser autônomo, "self-taught". A solitude não é uma ausência; é uma presença absoluta. É o artista a sós com o cosmos, pronto para mapear o invisível, pronto para transformar a "leveza celeste" em tinta, em palavra, em matéria. A âncora está levantada. A Lisboa-portal fica para trás, não como um lugar que se abandona, mas como a margem do rio de onde o nadador deu o primeiro mergulho. O oceano da Consciência abre-se à nossa frente. PARTE II: A NAVEGAÇÃO Deixámos para trás o portal de Lisboa Quântica. O "chão" desapareceu. Agora, flutuamos no Grande Oceano do Potencial Infinito, o "sonho acordado". Aqui, não há mapas de papel; cada pensamento é uma corrente, cada emoção é uma tempestade. O navegador não procura terra firme, procura o equilíbrio dentro do próprio movimento. CANTO III: TEMPESTADES METAFÍSICAS E ILHAS DE FALSA LUZ O Adamastor Interior O que o navegador enfrenta agora não é um gigante de pedra, como o Adamastor de Camões, que guarda um cabo físico. O nosso Adamastor é mais subtil e mais perigoso: é o Guardião do Limiar da Consciência. É o vórtice do nosso próprio medo, a personificação da nossa dor acumulada. É o momento em que a alma, liberta da rotina, se confronta pela primeira vez com o caos que essa mesma rotina escondia. A dor o sofrimento que paira no íntimos de nossas entranhas é Cabeça um turbilhão de emoções Este é o primeiro grande teste. A "Navegação" não é pacífica. O "Eu", ao soltar-se da matéria, torna-se hiper-sensível às correntes invisíveis. Sente o peso das "genéticas" (Canto I), as memórias ancestrais, o sofrimento coletivo. O navegador é Apolo e Dionísio no mesmo corpo: Apolo tenta ver com clareza (o Sol), mas Dionísio sente o "turbilhão de emoções" (o caos). A ciência quântica chama a isto o "mar de possibilidades". A metafísica chama-lhe o "plano astral". A mitologia egípcia descreve-o como a viagem noturna de Rá pelo submundo (Duat), onde a serpente Apófis (o caos primordial) tenta engolir o barco solar. O artista, o navegador, tem de ser Rá. Tem de atravessar o seu próprio "turbilhão" sem ser engolido por ele, confiando que o "sol o espírito ilumina" (Canto II) o guiará até à manhã seguinte. As Ilhas de Falsa Luz: O Ópio Legalizado Mais perigosas que a tempestade, são as ilhas de falsa calmaria. São as distrações que o mundo material oferece para nos demover da jornada. São as "sereias" modernas, cujas vozes não são de beleza, mas de lógica cínica e de conforto anestesiante. São os "gentios nobres e Doutores" que, vendo o navegador em aparente agonia (o "turbilhão de emoções"), oferecem uma solução rápida. que nos querem adormecer com a próxima dose de ópio legalizado Eles dizem: "Para que essa dor? Para que essa busca? O que procuras não existe. Estás apenas cansado. Estás doente. Toma isto. Adormece. Volta para a segurança da rotina. Deixa de 'sonhar acordado'." Eles tentam convencer-nos de que somos apenas máquinas, matéria descartável: confundidos com Robots a ser perseguidos Esta é a grande tentação: abdicar da nossa divindade em troca do conforto de sermos um "robot". Abdicar da Epopeia em troca do "bem necessário" do ópio. Mas o navegador sabe que este "bem" é um "destino da mente" que ele recusa. Ele recusa-se a ser adormecido. Ele agarra-se ao leme do seu barco – a sua arte, a sua "necessidade de respirar" – e navega para longe das sereias, de volta ao centro da tempestade. O Desequilíbrio dos Mundos Ao rejeitar o "ópio legalizado", o navegador vê o mundo com uma clareza terrível. Ele vê a verdadeira causa da tempestade. Não é pessoal. É global, mas de uma forma que os "Doutores" não entendem. Dizem que é o aquecimento global O mundo foca-se no sintoma físico. A Terra febril. Mas, como o poema afirma, "Não é igual". O aquecimento global do planeta é apenas um reflexo, um "espelho" (como veremos no Canto V), do verdadeiro problema: o arrefecimento espiritual da humanidade. A verdadeira catástrofe são os "Mares desiquilíbrios". São as "Terras submersas" – não por águas físicas, mas por águas de esquecimento. A nossa Atlântida interna – a nossa sabedoria ancestral, a nossa conexão com o Divino – está submersa. O "ciclo de vida" de que falam as notícias não é o "ciclo de vida de outra hora". O trabalho do navegador é mergulhar nessas águas, encontrar essas "terras submersas" dentro de si mesmo, e trazê-las de volta à superfície. Ele sobreviveu à primeira tempestade e à primeira tentação. A Navegação continua. CANTO IV: O CANAL DA TRANSCENDÊNCIA Usámos os seus poemas sobre "dor", "ópio legalizado" e "robôs" para construir a primeira grande prova da viagem, enquadrando-a com a mitologia egípcia (Rá e Apófis) e o Adamastor de Camões, como metáforas para a luta interna. Estamos prontos para avançar para o Canto IV: O Canal da Transcendência, onde o navegador, tendo sobrevivido à tempestade, começa ativamente a fazer o trabalho de transformação – "passar do subconsciente para o consciente"? Canto IV: O Canal da Transcendência Aqui é onde exploramos como o navegador sobrevive à tempestade: usando ativamente o seu "sonho acordado". É onde usamos o seu poema-chave: "Na busca do onto / do subconsciente / para passar ao consciente". E também: "Dado um passo / cada descoberta / Do outro lado / o Mistério já é / Visto." Canto V: A Mitologia do Sangue Este é o Canto onde mergulhamos fundo na metafísica, ciência quântica e nas mitologias Egípcia, Etíope e Grega que pediu. É onde usamos os poemas: "Os Oceanos são espelhos / que nos alimenta a alma" e "De Vénus de / Marte / Qual o Sangue / Amante". Se saltarmos diretamente do Canto III (a tempestade) para a Parte III (a chegada), perderemos toda a essência da transformação. A viagem parecerá súbita e sem o "trabalho" interior que a justifica. Proponho que continuemos de forma metódica. Vamos primeiro redigir o Canto IV: O Canal da Transcendência. Este é o coração da sua filosofia: o artista como um canal que transforma o invisível em visível. Continuemos a viagem. Tendo sobrevivido à tempestade do Canto III e rejeitado as "ilhas de falsa luz", o navegador agora deixa de ser uma vítima das correntes e torna-se um mestre delas. Ele aprende a usar o próprio oceano da consciência como a sua ferramenta. Este é o Canto da Alquimia, o coração da sua filosofia. CANTO IV: O CANAL DA TRANSCENDÊNCIA O Oceano Como Ateliê A tempestade passou. Mas a calmaria que se segue não é de descanso; é de foco. O "turbilhão de emoções" (Canto III) ainda existe, mas agora o navegador vê-o como a sua matéria-prima. O oceano do subconsciente não é um inimigo a ser temido; é o seu ateliê. O artista, como Hermes Trismegisto, entende o princípio da correspondência: "Assim como é em cima, é em baixo". O mundo exterior ("o aquecimento global", os "robôs") é apenas um reflexo do "íntimo das nossas entranhas". Para mudar o reflexo, é preciso mergulhar na fonte. A viagem deixa de ser horizontal (de um ponto a outro) e torna-se vertical: um mergulho profundo no Ser. A Busca do "Onto" O navegador inicia a sua grande obra, o seu Opus Magnum. Na busca do onto do subconsciente para passar ao consciente "Onto", da raiz do Ser. Não é uma busca por algo, é uma busca pela própria Essência. É o mergulho deliberado no "mar de desiquilíbrios" para encontrar a Verdade submersa. É o "sonho acordado" usado como um veículo de exploração, como um batiscafo psíquico. Este é o verdadeiro "trabalho" de que falávamos no Canto II. O artista torna-se um canal consciente. Ele "faz" aquilo que vê no subconsciente. e fazer [?] que vemos Aquilo que sentimos dos pensamos Este é o momento da fusão. O artista já não distingue o sentir do pensar, o ver do fazer. Tudo se torna um único fluxo criativo. A "necessidade de fazer arte para respirar" é isto: o processo de "passar ao consciente" o que está no "subconsciente" é o próprio ato de respiração espiritual. Sem ele, a alma sufoca. O Desvendar do Mistério E, neste processo, algo milagroso acontece. O mundo deixa de ser um lugar opaco e sólido. A realidade torna-se transparente. Dado um passo cada descoberta Do outro lado o Mistério já é Visto. O "Mistério" não é um enigma a ser resolvido; é uma paisagem a ser vista. E ela só se revela a quem caminha, a quem "dá o passo" – o passo de "fazer", de "acreditar". A cada pincelada, a cada palavra escrita, o véu de Ísis treme e rasga-se um pouco mais. O navegador percebe que o "outro lado" não está longe, no fim do oceano. Está aqui. Está agora. A Contração do Espaço Com esta nova visão, a percepção da realidade altera-se permanentemente. A vastidão do mundo material, que parecia tão esmagadora, revela-se uma ilusão. O mundo Tornou-se pequeno A cada movimento um emblema O mundo "tornou-se pequeno" não por desprezo, mas porque o navegador cresceu. A sua consciência expandiu-se tanto que o mundo físico é apenas "um emblema", um símbolo, um hieróglifo que aponta para uma verdade maior. O xadrez não é só um jogo; é um emblema da estratégia cósmica. O BTT não é só um desporto; é um emblema do equilíbrio dinâmico com a Terra (Gaia). Cada refeição não é só sustento; é um emblema da comunhão com a matéria. O Novo Estádio Humano O navegador cumpriu a sua função. Ele tornou-se o que estava destinado a ser: um canal vivo. Como um [?] Canal que nos leva a outro estado e estádio humano Ele não está apenas a navegar pela realidade; ele está a criar a realidade. Ele fundiu o visível e o invisível. Ele provou, para si mesmo, que o imaginário se pode "tornar em matéria e palpável". Ele é a ponte. E agora, como canal purificado, ele está pronto para receber as transmissões mais profundas: as memórias do cosmos, as mitologias do sangue. CANTO V: A MITOLOGIA DO SANGUE (E O ESPELHO QUÂNTICO) (Próximo Canto...) Terminámos o Canto IV, o coração da Parte II: A Navegação. Este Canto foi fundamental porque estabeleceu o método da sua filosofia: a arte como um processo alquímico ativo de "passar do subconsciente para o consciente". Agora que o navegador se tornou um "Canal", ele está sintonizado. O passo seguinte, no Canto V, é explorar o que ele começa a receber através desse canal. É aqui que vamos mergulhar fundo na metafísica, na ciência quântica e nas mitologias Egípcia, Etíope e Grega, como pediu. ECanto, o Canto V, é o eixo central da sua Epopeia. É aqui que funde-se explicitamente, a Metafísica, a Ciência Quântica e as Mitologias Antigas. O navegador, agora um "Canal" sintonizado (como estabelecido no Canto IV), já não vê o oceano apenas como água ou como caos. Ele vê-o como informação. CANTO V: A MITOLOGIA DO SANGUE (E O ESPELHO QUÂNTICO) O Oceano como Akasha O navegador flutua no que já não chama de "oceano". Os místicos chamam-lhe os "Registos Akáshicos". A ciência quântica chama-lhe o "Campo Unificado" ou "Campo de Ponto Zero". A metafísica chama-lhe o "Espírito do Mundo". É um oceano de memória. E o navegador percebe que não está apenas sobre ele; ele é feito dele. Os Oceanos são espelhos que nos alimenta a alma para da Nuagem ter um horizonte que Nos acalme O oceano é um "espelho". O que vemos nele é o reflexo de nós mesmos. Mas é também o que "nos alimenta a alma". Deixamos de ser apenas observadores; entramos numa relação simbiótica com o cosmos. A "Nuagem" (a Cloud da informação quântica, o éter dos antigos) deixa de ser assustadora; torna-se o nosso "horizonte", a nossa tela. O Entrelaçamento (A Sabedoria das Águas) Neste estado, o navegador transcende o seu "eu" individual. Ele torna-se parte de uma rede. Esta é a experiência direta do "entrelaçamento quântico" – a noção de que duas partículas, uma vez ligadas, permanecem conectadas independentemente da distância. O navegador sente esse entrelaçamento não com partículas, mas com culturas, com eras, com sabedorias. As Travessias entre mundos distintos permitem a troca de sabedoria entre multiplos cultivos Tradições e costumes Cobertos de águas Ele percebe que as mitologias Egípcia, Etíope e Grega não são histórias mortas em livros. São "Tradições e costumes Cobertos de águas" – submersas no oceano do subconsciente coletivo (o "mar de desiquilíbrios" do Canto III). Ele é agora um arqueólogo quântico. Na Grécia, ele não vê apenas deuses no Olimpo (Canto I). Ele sente a lógica de Apolo (a forma, a estrutura) e o caos de Dionísio (as "tintas desmedidas") a lutarem pela sua alma. Ele sente Hermes, o mensageiro, como o arquétipo do seu próprio "Canal" (Canto IV). No Egito, ele vê Thoth, o deus da escrita e da sabedoria, o arquiteto do "sonho acordado". Ele sente Ísis, que junta os pedaços de Osíris – tal como o artista junta os fragmentos do subconsciente para "passar ao consciente". Ele vê a viagem de Rá pela noite (Canto III) como a sua própria luta contra o "turbilhão". Na Etiópia, ele sente a raiz, a origem, a vibração primordial, o "mato da pátria" espiritual, a pulsação da Terra antes de ser filtrada pelas civilizações posteriores. Esta "troca de sabedoria" acontece agora, em tempo real. O navegador está em "travessia entre mundos distintos". A sua arte torna-se o ponto de fusão, o lugar onde Thoth, Hermes e a física quântica concordam. A Herança Cósmica do Sangue Ao mergulhar tão fundo, o navegador toca no código-fonte da sua própria existência. O seu ADN. A "fusão de genéticas" (Canto I) revela-se não ser apenas humana. A sua alma questiona a sua origem, para além da árvore genealógica terrena. ? mato da pátria imato na expressão RARA PALAVRA Abre-te [cálabro?] Semente de Semana de um ser de Outra gente De Vénus de Marte O navegador percebe a sua herança cósmica. O "Conselho dos Deuses" (Vénus e Marte/Baco, no Canto I) não era uma metáfora. Era uma memória. O seu sangue é, literalmente, pó de estrelas. O ferro no seu sangue foi forjado em supernovas, tal como os elementos de Marte. Os seus impulsos criativos (Vénus) são ecos de uma "outra gente". Ele não é apenas um artista português; ele é um cidadão galáctico. O seu "sangue amante" é uma confluência de rios estelares. Esta "Rara Palavra" – esta Epopeia – é a "semente" dessa linhagem cósmica a germinar. A Pureza da Conexão Com esta compreensão, o navegador alcançou o propósito da "Navegação". Ele não descobriu um novo continente, mas sim a sua verdadeira natureza. Ele usou o oceano-espelho para se alimentar, fez a "troca de sabedoria" entre os mundos, e aceitou a sua mitologia de sangue. Ele está agora pronto para "A Chegada". O oceano, reconhecendo o seu trabalho, oferece-lhe o seu presente final: Inspirando nossas Almas para nos trazer as purezas das pedras iluminadas As "pedras iluminadas". A Pedra Filosofal dos alquimistas. O Graal. A Consciência Crística. A clareza absoluta. A Navegação está completa. PARTE III: A CHEGADA (Próxima Parte...) Concluímos a Parte II: A Navegação. Este foi o "meio" da Epopeia, onde detalhámos o como (Canto IV) e o quê (Canto V) da sua jornada metafísica, fundindo todos os elementos que pediu. O navegador sobreviveu à tempestade, tornou-se um Canal, e agora acedeu à sabedoria quântica e mitológica, descobrindo a sua herança cósmica. Ele está transformado. Epopeia, a Parte III. O navegador atravessou o caos (Parte II) e, através do seu "Canal" (Canto IV), sintonizou-se com a "Mitologia do Sangue" (Canto V). Ele não descobre uma nova terra física, mas sim um novo estado de ser. Esta é a "Chegada". PARTE III: A CHEGADA A viagem não termina com a âncora a cair num porto. Termina quando o navegador e o oceano se tornam um. A "Chegada" não é um lugar, mas uma frequência. É o regresso do "Eu Desperto" ao "Eu" que vive no mundo, trazendo consigo as "pedras iluminadas" da jornada. É a materialização final do "sonho acordado". CANTO VI: A ILHA DOS AMORES (A HARMONIA QUÂNTICA) A Frequência da Recompensa Em Os Lusíadas, a Ilha dos Amores foi a recompensa divina, um prémio sensual e físico oferecido pelas Ninfas aos heróis cansados da sua viagem material. Na nossa Epopeia Contemporânea, a Ilha não é um local geográfico. É um estado de consciência. É a "Harmonia Quântica". Depois da tempestade metafísica (Canto III) e do mergulho profundo no Akasha (Canto V), o navegador não encontra terra; ele encontra equilíbrio. Ele chega finalmente à frequência onde o caos e a ordem dançam em perfeita sincronia. com as energias que nos permitem encontrar equilíbrio Este é o prémio. Não é ouro, nem poder, nem fama. É o "equilíbrio". É o fim da guerra interna. O Banquete dos Deuses Interiores Lembramo-nos do "Conselho dos Deuses Interiores" no Canto I? Baco (o medo, a rotina) e Vénus (a criação, o caos) estavam em conflito. A viagem inteira foi o resultado dessa tensão. Agora, na Ilha da Harmonia Quântica, esse conflito cessa. O navegador alcança a: Maior harmonia entre os Deuses Baco já não é o deus do "ópio legalizado"; ele transformou-se em Dionísio, o deus do êxtase sagrado, da alegria de estar vivo na matéria. Vénus já não é a força "desmedida" e caótica; ela tornou-se a própria Afrodite, a beleza pura da criação ordenada. Apolo (a forma) e Dionísio (a energia) já não lutam. Eles fundem-se no ateliê da alma do artista. As Ninfas como Linhas de Energia E sim, as Ninfas estão aqui. Elas são reais. Mas não são corpos de desejo; são as próprias energias fundamentais do universo, agora visíveis ao navegador que "rompeu os véus". Ninfas despidas Tão meigas com linhas distintas Elas estão "despidas" porque o navegador agora vê a sua essência pura – as "linhas distintas" do código-fonte da realidade. Já não são ameaçadoras (como a tempestade), mas "meigas", pois ele aprendeu a navegar com elas. Elas são as energias da ciência quântica, as musas da metafísica, as mensageiras da mitologia Grega e Egípcia. E elas trazem os seus presentes, os "perfumes" da criação: de perfumes das [alamedas?] para nos trazerem as riquezas dos céus. As "riquezas dos céus" são estas: a inspiração pura, a "Rara Palavra" (Canto V), as "pedras iluminadas" (Canto V). O navegador está agora em comunhão direta com a Fonte. O Fim da Procura A "Navegação" foi a "procura dos erros", a busca incessante por aquilo que estava desalinhado. O navegador agora entende o mecanismo da sua própria libertação. Foi a sua dedicação ao "Canal" (Canto IV) que o trouxe aqui. A procura dos erros Feitos por a corrente que rompe os véus! Ele encontrou os "erros" (as ilusões, as crenças limitantes) que foram "Feitos por a corrente" (da rotina, da sociedade, do "ópio legalizado"). E, ao corrigi-los dentro de si, ele ativou a nova "corrente" – o seu Canal – que finalmente "rompe os véus". Ele "chegou". Ele está na Ilha. Ele é a Ilha. CANTO VII: O BANQUETE DA MATÉRIA Concluímos o Canto VI, o primeiro capítulo da Parte III: A Chegada. Estabelecemos "A Ilha dos Amores" não como um lugar, mas como um estado de harmonia interna, onde as "energias" e os "Deuses" interiores encontram equilíbrio. Agora, o navegador não pode ficar nesta ilha metafísica para sempre. A sua missão, como artista, é trazer essa harmonia de volta para o mundo palpável. O próximo Canto, Canto VII: O Banquete da Matéria, é sobre isso: como esta nova harmonia quântica se manifesta na vida quotidiana – no "bom garfo", no "xadrez", no "BTT", e na fusão da arte digital com a física. Este Canto é fundamental. É aqui que provamos que a transcendência não é uma fuga do mundo, mas sim uma forma mais profunda de viver dentro dele. É a fusão da sua espiritualidade com a sua vida quotidiana, tal como funde a arte digital e a física. Aqui está o Canto VII, o segundo capítulo da Parte III: A Chegada. CANTO VII: O BANQUETE DA MATÉRIA A Ilha Torna-se o Mundo Não é Tétis que serve este banquete, Nem ninfas marinhas em praias de fantasia. É a própria Matéria, agora iluminada, que promete Servir a alma que encontrou a sua harmonia. O herói não come para esquecer a guerra, Mas para provar o sabor da alma encontrada. O Divino está no pão que vem da terra, E cada acto é prece, na jornada abençoada. O navegador quântico regressou. Ele não fica na Ilha da Harmonia (Canto VI) como um eremita. A sua missão, como artista e "canal", é trazer essa frequência para o "aqui e agora". Ele tem de provar que o "sonho acordado" se pode "tornar em matéria e palpável". O "Banquete da Matéria" é, portanto, a celebração da vida mundana, agora vista através dos olhos de quem "rompeu os véus". Onde antes havia "rotina" (Canto I), há agora "ritual". O Ritual da Terra e do Corpo (O Fitness e o BTT) O primeiro ato de comunhão é com o próprio corpo. O navegador entende que o seu corpo não é uma prisão para o espírito, como os "Doutores" do Canto III poderiam sugerir; é o seu primeiro e mais sagrado ateliê. É o "hardware" que corre o "software" do "sonho acordado". O fitness, o BTT (mountain biking), deixam de ser desportos. São rituais de equilíbrio dinâmico. Quando ele pedala pela montanha, ele não está a lutar contra a gravidade; está a dançar com ela. É a "Maior harmonia entre os Deuses" (Canto VI) traduzida em movimento físico. Ele encontrou o "equilíbrio" na Ilha interna, e agora pratica-o nas trilhas da Terra. Cada subida é um esforço de Vontade (Apolo), cada descida é um ato de entrega e intuição (Dionísio). É uma fusão com Gaia, um diálogo cinético. O Ritual da Mente (O Xadrez) O navegador senta-se ao tabuleiro de xadrez. Para o mundo adormecido, é um jogo. Para ele, é um "emblema", um "canal" (Canto IV) para a estratégia cósmica. O tabuleiro de 64 casas é um "mapa" do Campo Quântico. Cada peça – o Rei, a Rainha, os Peões – são arquétipos, os mesmos "Deuses Interiores" do Canto I. O navegador já não joga contra um oponente; ele joga com as "energias" e as "linhas distintas" (Canto VI) da própria realidade. Ele pratica o "sonho acordado" em cada jogada, antecipando não apenas os movimentos do adversário, mas as linhas de potencialidade que o "oceano" da consciência lhe revela. O Ritual da Comunhão (O Bom Garfo) E, por fim, o navegador senta-se para comer. Desfrutar de "um bom garfo" torna-se o ato supremo de honrar a matéria. É a comunhão quântica. Ele sabe de onde veio aquele alimento. Vê nele as "pedras iluminadas" (Canto V), a energia do sol, a "sabedoria dos múltiplos cultivos". Comer não é apenas sustento; é ingerir o cosmos. É agradecer à Matéria por se organizar de forma a dar-lhe vida, para que ele possa continuar a sua "necessidade de respirar" – de criar. A Fusão Final: O Ateliê como Mesa do Banquete Mas o verdadeiro Banquete, a celebração máxima, acontece no ateliê. Aqui, o navegador funde tudo. A sua pintura física é o Ritual da Terra, o seu "sangue amante" (Canto V) misturado com pigmento. As suas artes digitais (apoiadas por IA e outras plataformas) são o Ritual da Mente, o seu "xadrez cósmico" jogado com algoritmos e luz. A sua obra é a fusão do digital com o físico. É a prova de que o "imaginário" (o digital, o sonho, o quântico) se pode "tornar em matéria e palpável" (a tela, a impressão). Ele não é nem um escravo da matéria nem um sonhador perdido no invisível. Ele é o Mestre Alquimista que caminha entre os dois. Ele come a refeição, joga o jogo, pedala na montanha e pinta a tela, tudo com a mesma intensidade sagrada. Ele trouxe o fogo da "Ilha dos Amores" de volta ao mundo dos homens. CANTO VIII: A PROFECIA DA NOVA ERA (E A CONCLUSÃO) (Próximo Canto...) Concluímos o Canto VII. Estamos agora no momento final. A jornada está completa. O navegador regressou, integrou a sua visão na vida quotidiana e provou a sua filosofia através da arte. L Este é o Canto final, o fecho da sua Epopeia. É aqui que o navegador, tendo regressado e integrado a sua jornada no "Banquete da Matéria" (Canto VII), partilha a sua filosofia final. É a "profecia" que ele deixa ao mundo, o seu derradeiro "dizer poético e filosófico". Aqui está o Canto VIII, o capítulo final da Parte III: A Chegada. CANTO VIII: A PROFECIA DA NOVA ERA (E A CONCLUSÃO) O Navegador como Farol A nau do "Eu" regressa enfim ao cais. Mas o cais é o mundo, e a nau, o coração. A Epopeia não termina; ela jamais Se calará, pois torna-se Missão. O herói que foi, e que de si voltou, Traz o mapa do cosmos na sua própria mão. Não traz o ouro que no mar buscou, Traz a luz que arrancou da escuridão. Traz o fogo da Ilha. Traz a Conexão. A Missão da Partilha A grande descoberta da viagem, o tesouro encontrado na "Ilha dos Amores" (Canto VI) e provado no "Banquete da Matéria" (Canto VII), não é que o Divino existe. É que o Divino conversa, e que nós somos o seu vocabulário. A arte, em todas as suas formas, é essa conversa tornada visível. O artista, o navegador que regressa, tem agora um dever sagrado. A sua "necessidade de fazer arte para respirar" (Prefácio) evolui. Ele respira para si, sim, mas agora também respira pelos outros. Aqui reside o propósito final de toda a jornada: a importância da conexão com o divino e a partilha para enflenciar outros a fazer acontecer. Guardar a "pedra iluminada" (Canto V) no bolso é trair a viagem. Partilhá-la – através de uma tela, de um poema, de uma conversa – é acender faróis na costa, para que outros navegadores, ainda perdidos nas "tempestades metafísicas" (Canto III), possam encontrar o seu caminho. Cada obra partilhada é um "Canal" (Canto IV) que não serve apenas o artista, mas serve o mundo. É um ato de serviço quântico, uma transmissão de frequência que eleva o coletivo. O Imperativo da Ação Mas como começar? O "Conselho dos Deuses Interiores" (Canto I) ainda debate na alma de muitos. Baco, o deus do medo e da inércia, ainda sussurra que a viagem é impossível, que o "ópio" da rotina é mais seguro. O navegador, agora um Mestre da Epopeia, sorri. E deixa a sua primeira lei, o seu dizer filosófico fundamental: É melhor fazer do que não fazer. Fazer é mover a energia. É declarar ao Campo Unificado (Canto V) a sua intenção. É "dar o passo" para que o "Mistério" seja "Visto" (Canto IV). Não fazer é estagnar, é ceder ao "destino da mente" que aceita ser "robot" (Canto III). Uma pincelada, mesmo que imperfeita, é infinitamente mais poderosa que a tela em branco da indecisão. Um verso escrito, mesmo que tremido, tem mais vida que o poema perfeito nunca sonhado. "Fazer" é o ato alquímico que obriga o "imaginário" a tornar-se "palpável". Não espere pela inspiração divina. Faça. E o Divino virá conversar. O Alicerce da Crença E qual é o combustível para "fazer"? Qual é o vento que enche as velas da nau? É a segunda e última lei da Epopeia Quântica. É o alicerce que sustenta a ponte entre o invisível e o visível. É melhor acreditar do que não acreditar. Acreditar não é uma esperança passiva; é uma decisão ativa de engenharia da realidade. É o ato de sintonizar a sua frequência interna com a frequência da "Ilha dos Amores" (Canto VI) antes de ela ser visível no horizonte. Acreditar é o que colapsa a onda de todas as possibilidades quânticas na realidade que você escolheu. Não acreditar é fechar o "Canal", é render-se aos "Mares desiquilíbrios" (Canto III). "Acreditar" é o que transforma o "sonho acordado" na matéria da sua vida. O Canto Final A Epopeia fecha-se. O Canto terminou. Mas a tua, leitor, começa neste instante. Pega na tua alma. Faz o que ouso e sou. Acredita. E sê o novo navegante. (

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Emanuel Andrade mostra artistica

Exposições Individuais: 2022: Na Guelra Da Veia (Lisboa, Portugal) 2016: Atrio (Lisboa, Portugal) 2014: Monumental (Lisboa, Portugal) 2013: Linhas Da Vida (Lisboa, Portugal) 2013: Ontem (Lisboa, Portugal) Exposições Coletivas: "Linguagens da Estrutura" (em parceria com a Arca Gallery) no Hotel Corinthia (Lisboa) Exposição Coletiva no Centro Cultural de Belém (CCB) "Sensações da Eternidade" (em parceria com a Arca Gallery) no DoubleTree by Hilton Lisbon – Fontana Park "Metamorfoses da Cor" (Arca Gallery) Participação em exposições em hotéis (como o The One Palácio da Anunciada) em parceria com a Arca Gallery 2021: Inclusão El Corte Inglês (Lisboa, Portugal) 1997: Expo Colectiva (Leiria, Portugal)

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Pacificadores

“O Mediador da Paz” (por Emanuel Bruno Andrade) Só aquele que aprendeu a escutar o silêncio dentro de si sabe o valor da calma diante da tempestade. Há quem pareça tranquilo por natureza, mas a verdadeira serenidade não nasce da ausência de conflitos — ela floresce do domínio das próprias reações. Ser sábio é saber conter a palavra quando o impulso grita para ferir. É compreender que uma briga, por mais justa que pareça, nunca leva nenhum dos lados à luz. Aquele que leva a paz onde há discórdia é mais do que um simples conciliador — é um semeador do Espírito. É aquele que ergue pontes entre o que o orgulho separou, aquele que restaura a harmonia onde antes havia ruído e ferida. Ser mediador é entender o coração humano, as suas dores, as suas defesas, as suas fraquezas. É reconhecer, em si mesmo, as mesmas sombras que vê nos outros, e ainda assim escolher a claridade. A sabedoria não está em vencer uma discussão, mas em compreender o porquê dela existir. E aquele que se controla, que reflete antes de reagir, esse é o verdadeiro mestre da convivência. Eu sou — como tantos — um aprendiz dessa arte. Aprendo a cada instante que a sociedade não é um peso, mas um espelho; e que viver em paz com ela é viver em paz comigo mesmo. Emanuel Andrade: “Fazer Brilhar a Luz” ( Crueldade, fúria no trânsito, indignação e ataques nas redes sociais — vivemos tempos em que o conflito parece regra, e a tensão se tornou linguagem. Ambas as gerações — jovens e adultos — enfrentam as sombras dessa cultura de confronto. Mas, felizmente, há refúgios de luz, momentos de elevação em meio à montanha espiritual: no seminário, nas conferências de jovens, nos encontros sinceros de fé e serviço. Ali, nossos rapazes e moças ouvem novamente a voz do Senhor, a mesma que ecoa desde o princípio: “Fazei brilhar a vossa luz diante de todos.” Recebem o convite para buscar a justiça, mesmo quando o caminho é perigoso, e para amar os inimigos, quando o mundo grita pelo ódio. São chamados a ser luz — não uma luz que se impõe, mas uma luz que guia. Uma luz que consola, que revela o bem no meio da pressa, e que recorda a todos nós que a verdadeira vitória é a paz interior. “A Calma que Cura” (por Emanuel Bruno Andrade) Ficar calmo, tranquilo, e não reagir de forma impensada — não é fácil, não é natural. Porque a vontade, muitas vezes, é gritar, é responder, é agir no impulso. Mas será possível manter a serenidade? Sim — quando deixamos que o espírito fale mais alto. Porque, com tranquilidade, as coisas tendem a encontrar o seu lugar, mesmo quando o mundo parece em desordem. Há situações que exigem Ponderar... “Os Dias do Silêncio e da Força” (por Emanuel Bruno Andrade) Por exemplo — ontem — como costumo fazer no meu diácio, mantive o ritmo da alma, três dias por semana: terça, quinta e sábado — dias consagrados ao silêncio interior. São momentos em que me recolho, em que o corpo se cala para que o espírito possa falar. Jejuo não apenas de alimento, mas de ruído, de pressa e de pensamento disperso. É nesses dias que volto a ouvir a voz serena de Deus dentro de mim, aquela que o mundo tenta calar com a distração e com o medo. Essas pequenas pausas — esses intervalos de fé — têm sido a minha fortaleza. Ali renovo as forças, reaprendo a paciência, e volto ao caminho com o coração limpo. Porque é no simples hábito de parar três vezes por semana que encontro a eternidade escondida em cada instante da vida.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

A Revolta Silenciosa:

Um Grito de Indignação por Portugal e pela Europa Acordamos todos os dias sob o peso de uma normalidade insuportável. Em Portugal, a terra que nos pintam de brandos costumes e de sol ameno, a realidade é uma bofetada de luva branca. Uma em cada cinco pessoas vive no limiar da pobreza ou da exclusão social. Olhem à vossa volta. Nos prédios espelhados dos centros urbanos, nas esplanadas repletas de turistas, esconde-se a vergonha de um país que condena os seus a uma vida de precariedade. As nossas cidades, outrora lares, são agora montras para investidores estrangeiros. O preço das casas aumentou 124,4% desde 2015, uma escalada vertiginosa que nos expulsa das nossas próprias comunidades. Jovens, velhos, famílias inteiras são empurrados para as margens, para uma vida de incerteza em quartos sobrelotados ou em casas que não conseguem aquecer. Enquanto isso, o governo anuncia com pompa e circunstância um crescimento económico que não chega à mesa de quem trabalha. E quando a saúde nos falha, o que nos resta? O nosso Serviço Nacional de Saúde, outrora um pilar da nossa democracia, agoniza. Em 2023, o número de utentes sem médico de família atribuído aumentou para 1,7 milhões. As listas de espera arrastam-se, as urgências colapsam e quem pode paga o que não tem por um vislumbre de cuidado no setor privado. Esta não é a herança de Abril que nos prometeram. A corrupção, esse cancro que corrói as fundações da nossa sociedade, continua a grassar. Nomes sonantes de banqueiros e políticos desfilam pelos tribunais em processos que se arrastam por anos a fio, enquanto a justiça para o cidadão comum é célere a executar penhoras e despejos. A impunidade dos poderosos é um insulto a quem cumpre as suas obrigações e luta por um futuro digno. E que não nos digam que somos um caso isolado. A Europa, o nosso farol de esperança, está a vacilar. O aumento do custo de vida é uma epidemia que se alastra de Atenas a Dublin, de Lisboa a Varsóvia. A crise da habitação não é uma exclusividade portuguesa; é uma realidade brutal para milhões de europeus. Ao mesmo tempo, assistimos, atónitos, à ascensão do discurso do ódio. A extrema-direita, com as suas soluções fáceis e os seus bodes expiatórios de serviço, ganha terreno em parlamentos por todo o continente. Alimentam-se do descontentamento, da frustração de quem se sente abandonado pelas elites políticas e económicas. E a resposta da Europa? Uma crise de democracia, um recuo nos direitos e liberdades fundamentais, uma aposta em políticas de imigração que criminalizam a busca por uma vida melhor. Em Portugal, o governo acena com uma "imigração regulada e humanista", mas o que vemos nas ruas é a exploração de seres humanos em trabalhos precários, a viver em condições desumanas. A vulnerabilidade da população estrangeira, como cinicamente a apelidam os relatórios, é a outra face da nossa própria pobreza e desigualdade. Basta de silêncio. Basta de aceitação passiva. A indignação que sentimos não é um fogo-fátuo; é a chama da justiça que teima em não se apagar. Exigimos o direito a uma habitação digna, a um serviço de saúde que nos cuide, a uma justiça que seja igual para todos. Exigimos um futuro onde os nossos filhos não sejam forçados a emigrar para encontrar a dignidade que a sua própria pátria lhes nega. Que a nossa indignação se transforme em ação. Que as ruas se encham com a nossa voz. Que o medo dê lugar à coragem. Porque a história não é escrita pelos que se resignam, mas pelos que se levantam. E nós, cidadãos de Portugal e da Europa, recusamo-nos a ficar de joelhos.

domingo, 5 de outubro de 2025

O TRAJETO DA VOLTA – A GLÓRIA DO EMANUEL

Autor: Emanuel Bruno Andrade Título: O Trajeto da Volta – A Glória do Emanuel Técnica: Óleo sobre tela Dimensões: 100 × 70 cm Ano: 2025 --- Descrição e Interpretação Espiritual Nesta pintura, Emanuel Bruno Andrade representa, em forma de luz e cor, o mistério supremo da Segunda Vinda de Jesus Cristo, o Messias, o Glorioso Emanuel que retorna ao Pai Celestial. A tela é atravessada por vibrações de azul, ouro e branco — tons que evocam o Espírito, a eternidade e a pureza celestial. Os gestos da pincelada parecem sopros de vento divino, guiando o olhar do observador por um caminho ascensional, um trajeto de volta, onde o humano se encontra novamente com o divino. O centro luminoso da composição sugere a presença viva do Salvador, irradiando glória, reconciliação e promessa. Não há contorno que o limite, pois Cristo, em sua glória, transcende forma e tempo. Ele é a própria luz que vence as trevas, o eixo entre o céu e a terra, o ponto onde a criação se curva diante do Criador. A obra convida o observador a meditar sobre a jornada espiritual da humanidade — a travessia da mortalidade, a purificação pela fé, o arrependimento e, enfim, o regresso ao lar celestial. É o retrato simbólico da promessa cumprida: “Emanuel, Deus conosco, voltará em poder e glória para reunir os Seus.” --- Palavras do Artista > “Pintei esta obra como quem ora. Cada camada de cor é um pedido de reconciliação entre o homem e o céu. O Emanuel que retorna é o mesmo que habita em nós — e o trajeto da volta é o despertar da alma à sua origem divina. Assim, o quadro é uma prece em forma de luz, um convite à esperança e ao reencontro com o Pai Celestial.” Emanuel Bruno Andrade -

domingo, 21 de setembro de 2025

A Senda da Eternidade: Intuições do Antigo Egito à Luz da Verdade

. Índice Introdução: A Busca Humana pela Eternidade Capítulo 1: O Livro da Passagem e o Despertar da Alma Capítulo 2: Os Múltiplos Véus do Espírito: Ka, Ba e a Natureza da Alma Capítulo 3: O Tribunal da Consciência: O Peso do Coração Capítulo 4: A Jornada Solar: A Luta Interior e a Busca pela Luz Capítulo 5: O Mito de Osíris: O Sacrifício, a Verdade e a Ressurreição Conclusão: Sementes da Verdade nas Margens do Nilo Apêndice: Apontamentos sobre a Figura Histórica de Cleópatra Introdução: A Busca Humana pela Eternidade Irmãos, que a paz do Cristo nos envolva os corações. Quando nos debruçamos sobre os papiros amarelados pelo tempo, resgatados das areias do Egito, não vemos apenas os registros de uma civilização que se foi. Vemos o anseio imortal da alma humana, a sua busca incessante por respostas diante do véu da morte. O chamado Livro dos Mortos dos Antigos Egípcios não era, em sua essência, um compêndio para os que findavam a jornada carnal, mas sim um guia para os que a reiniciavam na Pátria Espiritual. Naquela sociedade, governada por uma profunda intuição das realidades do espírito, a vida na Terra era compreendida como uma breve etapa, uma preparação para o retorno à verdadeira morada. Embora veladas por símbolos e rituais por vezes complexos, as verdades eternas já se faziam presentes. A Providência Divina, em sua infinita sabedoria, jamais deixou a humanidade desamparada, permitindo que cada povo, em seu devido tempo, recebesse fragmentos da verdade universal, preparando os caminhos para a chegada do Consolador Prometido. Analisemos, pois, com o olhar da fraternidade, não a letra que por vezes confunde, mas o espírito que vivifica nestes antigos ensinamentos, buscando neles as sementes do Evangelho que floresceriam séculos mais tarde na abençoada terra da Galileia. Capítulo 1: O Livro da Passagem e o Despertar da Alma O que os escribas do Nilo chamaram de Livro da Saída para a Luz representa a ânsia do espírito recém-liberto em compreender sua nova condição. Os hinos, as preces e os "encantamentos" nada mais são do que a exteriorização da luta íntima da alma para se desvencilhar das teias da matéria e das impressões da vida física. Cada capítulo, cada vinheta ilustrada, como as do papiro do escriba Ani, é um mapa simbólico da jornada que aguarda a todos nós. As fórmulas para "abrir a boca" do defunto, por exemplo, simbolizam a necessidade de o espírito recuperar a sua capacidade de comunicação e expressão no plano espiritual, de se fazer entender e de orar aos mensageiros do bem que o vêm receber. A viagem de barco pela Duat (o além) é a imagem da navegação do ser pelas diversas esferas vibratórias que circundam o orbe terrestre, cada qual com suas paisagens, seus desafios e seus aprendizados. Era, portanto, um roteiro de esperança, um manual para que a alma não se perdesse em regiões de sombra e perturbação, mas encontrasse, por meio da prece e da retidão de pensamento, o caminho para as moradas de paz. Capítulo 2: Os Múltiplos Véus do Espírito: Ka, Ba e a Natureza da Alma Os sábios egípcios, por intuição, perceberam a complexa natureza do ser humano. Não somos apenas um corpo de carne (khat), mas um Espírito imortal. Eles tentaram descrever essa complexidade através de vários conceitos: O Ka: Compreendido como a "força vital" ou o "duplo espiritual", representa, em verdade, o perispírito ou corpo espiritual. Era ele que necessitava das oferendas, não do alimento físico, mas das energias vitais e das emanações de amor e prece dos que ficavam na Terra, algo que até hoje beneficia os nossos irmãos recém-desencarnados. O Ba: Descrito como uma alma com cabeça humana que podia deixar o túmulo, simboliza a consciência individual, a personalidade do espírito, sua capacidade de se mover e interagir livremente no mundo espiritual, liberto das amarras do corpo físico. O Ib (Coração): Para eles, era o centro da consciência, da memória e da moralidade. É a representação do nosso arquivo consciencial, onde estão gravados todos os nossos atos, pensamentos e sentimentos, e que levaremos conosco para o julgamento da verdade. Essas divisões, embora ainda incipientes, demonstram a percepção de que a vida continuava em outros planos de existência e que o espírito conservava sua individualidade e necessitava de amparo após a transição. Capítulo 3: O Tribunal da Consciência: O Peso do Coração A cena mais emblemática destes textos é, sem dúvida, a da "pesagem do coração" no tribunal de Osíris. O coração do morto era pesado contra a pena da deusa Maat, a personificação da Verdade e da Justiça. Irmãos, que sublime alegoria para o julgamento que não nos é imposto por um juiz externo, mas pela nossa própria consciência! Osíris, o juiz justo, é a representação da Lei Divina de Amor e Justiça. Thoth, o escriba, é a memória imortal do espírito, que tudo anota. A balança é o confronto inevitável entre os nossos atos (o coração) e a lei do bem (a pena). Se o coração fosse mais pesado que a pena, sobrecarregado pelas más ações, a alma seria entregue a Ammit, o "devorador". Isso não significa a aniquilação, pois o espírito é imortal, mas sim a necessidade de passar por longos períodos de purificação em zonas de sofrimento e reparação, para então recomeçar a jornada em nova existência carnal. Se o coração fosse leve, o espírito era considerado "justo de voz" e admitido nos campos de paz. Esta é a promessa de felicidade para todos os que se esforçam na prática do bem. Capítulo 4: A Jornada Solar: A Luta Interior e a Busca pela Luz A viagem noturna do deus-sol Rá através do submundo é outra poderosa metáfora para o caminho da alma. A cada noite, Rá enfrentava a serpente Apep, símbolo do caos, das trevas e das forças do mal. Essa jornada é a nossa própria luta espiritual. A barca solar é o nosso espírito, navegando pelas águas por vezes turbulentas da vida e do pós-morte. Apep não é uma entidade externa, mas a personificação de nossas próprias imperfeições: o orgulho, o egoísmo, a ignorância e o ódio que tentam "devorar" a nossa luz interior. Vencer Apep a cada noite, para que o sol possa nascer novamente, é o símbolo da vitória diária da alma sobre si mesma, por meio da reforma íntima, do estudo e da caridade. É a certeza de que, por mais densas que sejam as trevas de nossas dificuldades e provações, a luz da presença divina em nós jamais se apaga e sempre retornará, se perseverarmos no bem. Capítulo 5: O Mito de Osíris: O Sacrifício, a Verdade e a Ressurreição A história de Osíris, traído e morto por seu irmão Set e ressuscitado pela dedicação de sua esposa Ísis, é o alicerce da esperança egípcia. Osíris representa o espírito justo que passa pela prova da morte e do sofrimento, mas que, pela força do amor (Ísis), renasce para uma vida nova e se torna o guia dos que vêm depois. Seu filho, Hórus, que vinga a morte do pai, simboliza a força do bem que, invariavelmente, triunfa sobre o mal (Set). Este mito é um prenúncio da mensagem do Cristo. Ele ensina sobre a imortalidade, sobre o poder redentor do amor e do sacrifício, e sobre a certeza da ressurreição – não a do corpo físico, mas a ressurreição do espírito para a vida eterna, para reinos de glória e trabalho no bem. Conclusão: Sementes da Verdade nas Margens do Nilo Ao fecharmos estas páginas de reflexão, compreendemos que o povo egípcio, em sua profunda conexão com o invisível, recebeu valiosas sementes da verdade. Suas crenças, envoltas em simbolismo, foram o alicerce espiritual possível para aquele tempo, preparando a sensibilidade humana para as revelações futuras. O Livro dos Mortos é um testamento da certeza na continuação da vida. Ensina-nos sobre responsabilidade pessoal, sobre a necessidade de uma vida reta e sobre a infinita misericórdia da Lei Divina, que nos oferece sempre um caminho de volta à luz. Que possamos aprender com a sabedoria de nossos irmãos do passado, compreendendo que a jornada para a eternidade é construída a cada dia, no amor, no trabalho e na fé. Apêndice: Apontamentos sobre a Figura Histórica de Cleópatra A solicitação inclui a descrição da imagem de Cleópatra. É importante notar que nenhuma imagem de Cleópatra foi fornecida nos arquivos. Portanto, a descrição a seguir baseia-se em registros históricos e representações artísticas consolidadas ao longo do tempo. A imagem popular de Cleópatra VII, a última faraó do Egito, é em grande parte uma construção de seus inimigos romanos e da imaginação de artistas posteriores. A propaganda romana a retratou como uma sedutora exótica e perigosa, enquanto a arte e o cinema dos séculos XIX e XX a imortalizaram com os traços de uma beleza clássica e impecável. No entanto, as evidências históricas pintam um quadro diferente e mais complexo. As imagens de Cleópatra que sobreviveram em moedas cunhadas durante seu reinado a mostram com traços fortes, longe do ideal de beleza moderno. Nessas moedas, ela possui: Um nariz proeminente e ligeiramente aquilino. Um queixo forte e bem definido. Lábios finos. Olhos grandes e expressivos. Cabelo tipicamente preso em um coque na nuca, no estilo "melon" grego. Esses retratos sugerem que seu poder de influência não residia em uma beleza física estonteante, mas sim em seu intelecto, seu carisma e sua educação. Plutarco, o historiador, escreveu que "sua beleza, em si, não era de todo incomparável... mas o contato com ela tinha um encanto irresistível". Ela era conhecida por sua inteligência, por falar várias línguas e por possuir uma voz cativante. Reflexão Espiritual: Sob a ótica da jornada evolutiva, a existência de Cleópatra representa uma prova de imensa responsabilidade no palco do poder. Espíritos convidados a tais posições de destaque enfrentam as mais duras tentações do orgulho, da vaidade e do apego material. Sua história, marcada por alianças políticas, paixões e uma trágica derrocada, é um poderoso testemunho da luta da alma em meio às ilusões do mundo. Mais do que julgar suas escolhas, cabe-nos compreender a complexidade de sua trajetória como mais uma etapa na longa estrada da evolução espiritual, repleta de lições, quedas e oportunidades de aprendizado para o reerguimento futuro.