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quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Do primeiro ao último suspiro

 


Quando pensei ter tempo

Ele bloqueou o trajecto


Corri tudo o que podia

Julguei que alcançaria


Na distância

Entre o primeiro passo

Até ao último

Há ritmos

Sorrisos e choros

Feitos conforme 

Os ditongos da veia

Inscrita e viva

Por uma centelha

Que coabita

No cimo da cordilheira

A espera de ser aguçada

Para dar forma

Da melhor maneira

Seja pela influência 

Disto ou daquilo, deste ou  daquela.

A transformação parte de mim  e de todos

Continua e progressiva vida que se modifica 

De um estado para outro

Antes eras carne agora és pó.

Teu espírito vive 

Gritando de alegria

Galardoado e livre

A procura de pouso

Viver para crer é saber

Partir sem viver é morrer

Por: Emanuel Bruno Mota Veiga Andrade



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