Inverno

Ao acordar destapo o frio Que se entrenha no tutano No beiral cai e pinga a chuva Deste inverno Preparo-me para o trabalho Rotina do quotidiano A força é suficiente Para superar a etapa Tenho energia Para seguir em frente Ouço palavras nas paragens De desconforto O pesar Trás sufoco Dias que correm De pademia, guerras e fome, catastrofes Adversidades dos tempos Que vivemos no momento A resistência e a resiliência São fruto da paciência De conformismo Sem ausência Partindo para luta Para vencer Sem desistir Impone da culpa Para poder ter o prazer De fazer Sem me deixar contagiar Pelo que está acontecer Pondo filtros Nos ouvidos, nos olhos E nos sentidos Criando imunidade Dos mundos perdidos No bolso Não resta nada Apenas a procura Da proxima mesada Sempre na busca Atrevessar pontes nos rios Montanhas Planices, serras, Não estando em todos caminhos Mas estando presente Com a minha gentileza Para que possa ser efectuada A leitura da poesia Em verso e prosa Em alegria